Projeto discute inserção de pessoas com deficiência nos bancos

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A Contraf-CUT e a Comissão de Gênero, Raça e Orientação Sexual da Contraf-CUT (CGROS), se reuniram no último dia 22/6, com o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e o Brasil Ação Solidária (Brasol) na sede da confederação, em São Paulo. As entidades convidadas realizaram apresentação sobre um projeto de inserção e capacitação de pessoas com deficiência nos bancos em todo Brasil. A direção da Contraf-CUT irá avaliar a possibilidade de participar da iniciativa.


Chamado Programa Eficiente, o projeto foi desenvolvido pela Brasol em parceria com a Comissão de Igualdade de Oportunidades de Gênero, Raça e Etnia, de Pessoas com Deficiência e de Combate a Discriminação do MTE. Os representantes da Brasol apresentaram os principais pontos do programa de capacitação, focando as dificuldades para a contratação e os benefícios do programa de inclusão.


O objetivo principal do programa é que todas as empresas atinjam a cota mínima de contratação de pessoas com deficiência, estabelecida por lei em 5% dos funcionários. Os dirigentes apontaram a necessidade de mudança dessa lei.


Para atingir a meta, Anderson Brito Pereira, representante do MTE na reunião, defendeu que a adesão ao projeto seja banco a banco. Segundo ele, o projeto vai levar também em consideração as especificidades de cada região, o que torna importante a participação das federações e sindicatos de bancários.


A intenção do MTE é promover o que eles chamaram de “pacto social” em torno do projeto, reunindo poder público, trabalhadores e empresas para atacar a falta de oportunidades para pessoas com deficiência.

PARTICIPAÇÃO EFETIVA – Os trabalhadores levantaram uma série de questionamentos sobre o programa, em especial sobre o papel e o espaço que o movimento sindical teria para interferir de fato na elaboração e aplicação do projeto. O MTE propôs que sejam criados conselhos para a gestão do programa, com caráter deliberativo, possibilitando a todos os atores envolvidos influenciarem nos rumos do projeto.


Outro ponto questionado pelo movimento sindical diz respeito ao público alvo do projeto, inicialmente pensado pela Brasol para atingir tanto pessoas com deficiência quanto menores aprendizes. Os bancários entendem que seria mais interessante separar os públicos, que têm necessidades diferentes, garantindo melhor atendimento e informações mais precisas sobre a inclusão de pessoas com deficiência.


A Contraf-CUT e a CGROS vão fazer relatórios sobre os debates e repassá-los aos sindicatos para fomentar o debate.