Proposta apresentada pela Caixa na última rodada continua insuficiente

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Foto: Augusto Coelho/FenaeNão houve novidades na rodada de negociação permanente realizada dia 13/4, entre a Contraf/CUT, a Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa) e a Caixa Econômica Federal, em Brasília (DF). A empresa voltou a apresentar proposta de revisão da atual estrutura salarial da carreira profissional, mudando muito pouco em relação à tabela preliminar apresentada em 26/3. Nova negociação ocorre em 22/4, às 15h, em Brasília. Há indicativo de paralisação de 48h para os dias 28 e 29/4.


Apesar de aumentar o piso, de R$ 5.030,00 para R$ 5.700,00, a nova proposta manteve o teto, que continua no patamar de R$ 8.315,00. Entre o menor e o maior salário, a amplitude da curva salarial, que antes era de 61%, passou a 46%. Ficam mantidos itens como estrutura com 36 referências salariais, oito horas de jornada para todos os trabalhadores e parametrização de salários, com base em pesquisa de mercado em bancos públicos e privados, além de órgãos estatais.


Para a implantação dessa nova tabela, as condições impostas pela Caixa permanecem iguais: desistência das ações colidentes e não pertencer ao plano REG/Replan da Funcef. Inclusive, a proposta apresentada continua sem apontar para a perspectiva de incentivo rumo à ascensão na carreira, prevendo mudança de progressão aritmética crescente para progressão geométrica decrescente, com enquadramento por aproximação salarial.


Na proposta que apresentou na reunião, a Caixa retirou a possibilidade de migração para a nova tabela dos profissionais que fizeram a opção nos anos de 2006 e 2008. A questão do orçamento foi utilizada pela empresa como fator de empecilho para a apresentação de uma proposta que contemple a valorização da carreira profissional, com perspectiva de ascensão e isonomia entre colegas que desempenham atividades semelhantes.


Essa postura, aliás, não leva em consideração a importância das funções e a relevância dos projetos assumidos pela Caixa no decorrer dos últimos anos, sobretudo em relação ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e ao pacote habitacional. Nesse contexto, é preciso que haja uma solução digna para a expectativa salarial de todos os segmentos da carreira profissional.

ASSEMBLÉIA – Seguindo orientação da Contraf-CUT, o Sindicato dos Bancários do Ceará realiza, no dia 22/4, uma assembléia para os profissionais da Caixa, às 19 horas, em sua sede (Rua 24 de Maio, 1289, Centro) para pressionar a direção da empresa a apresentar um formato de estrutura salarial que acabe com as atuais distorções. O presidente da entidade, Marcos Saraiva, enfatiza: “nesse momento precisamos que seja mantida a mobilização por todo o País, pois é inconcebível que a Caixa não reconheça o esforço e o trabalho desses profissionais”.