A quarta rodada de negociação, realizada no dia 24/9, em Brasília entre a direção do Banco do Brasil e o Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT e assessorado pela Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, pouco avançou nas propostas econômicas e sociais. O banco apresentou o mesmo índice de reajuste de 7%, da Fenaban.
O BB apresentou em sua proposta algumas ações de combate ao assédio sexual com três treinamentos. O primeiro será um curso para gestores que estão na função e funcionários que concorrerão à vaga de gestores para mediação de conflitos. O segundo será um curso sobre assédio moral e sexual, e o último, sobre gestão organizacional. Os treinamentos serão considerados para pontuação no programa de talentos e oportunidades do BB (TAO).
O banco também propôs o pagamento em dinheiro do vale-transporte nos mesmos moldes existentes para os funcionários que desejarem. Outra proposta do BB é o bloqueio de todos os sistemas e aplicativos para o funcionário que esteja fora do ponto eletrônico. Durante a negociação, o BB se comprometeu com a autorização da hora extra até dezembro de 2014 para os funcionários que aderiram à jornada de 6 horas.
Funcionalismo pressiona BB – Os representantes dos trabalhadores frisaram que há várias questões importantes que precisam ser avaliadas pelo banco, tais como a forma de cobrança de metas abusivas e metas incluídas no programa de Gestão de Desenvolvimento de Competências (GDP).
A empresa nada propôs em relação a mais contratações, revisão do plano de funções, substituições de licenciados, valorização da gerência média e pautas específicas do PSO e das CABB e revisão da Gedip. Há vários itens que o BB pode avançar e que não trazem impactos financeiros para o banco, como uma regulação da forma de cobrança das metas diárias que tem sido objeto de assédio e adoecimento. Outro vazio na proposta do banco são as questões envolvendo plano de saúde e previdência de todos os funcionários, inclusive os egressos dos bancos incorporados pelo Banco do Brasil.