Tema de inúmeras reuniões e mobilizações por parte de sindicatos e comissão de empresa, o PCCS continua sendo uma das principais bandeiras de luta dos funcionários do Banco do Brasil.
Em reunião das mesas temáticas, realizada no dia 15/12, os funcionários elegeram várias premissas sobre o plano. O crescimento no lucro do Banco do Brasil, que registrou R$ 2,35 bilhões no primeiro trimestre deste ano, reforça as demandas dos trabalhadores por melhores condições de trabalho e valorização. O tema também foi abordado durante o 21º Congresso Nacional dos Bancários, realizado em São Paulo.
O debate realizado durante a reunião das mesas temáticas se concentrou nos seguintes temas: formatação do novo PCCS, interstício, piso salarial, jornada de seis horas e promoção por mérito e antiguidade. A Comissão de Empresa (CEBB) mandou, em abril, um documento à direção do banco pedindo o número de bancários escriturários. De posse dos dados, o movimento sindical poderá formular e apresentar uma proposta real para implementação do PCCS.
A valorização do piso salarial é reivindicação da categoria e durante a reunião a CEBB também conversou sobre equiparação do salário dos bancários com o piso calculado pelo Dieese, que atualmente está em torno de R$ 2.000,00. O prazo para o banco apresentar uma proposta termina em 30/6.
“Precisamos de um plano que corrija as distorções, valorize o piso de ingresso, valorize o mérito e, principalmente, estimule o funcionário. Mas, para alcançarmos tudo isso, precisamos da mobilização e unidade de todos”, analisa o presidente do Sindicato dos Bancários do Ceará, Carlos Eduardo Bezerra.
DELIBERAÇÕES DO CONGRESSO – O 21º Congresso Nacional dos Funcionários do BB ratificou as premissas e apresentou propostas concretas para a elaboração do PCCS no BB. “O Congresso encerra um processo de construção democrática de uma proposta de PCCS que será negociada com o banco”, afirma Eduardo Araújo, diretor do Sindicato de Brasília e coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB.
De acordo com o aprovado durante o congresso, as entidades representativas dos funcoinários devem construir e apresentar uma proposta do PCCS baseado nas premissas aprovadas na plenária de dirigentes sindicais, para entrega ao BB até 30/6.
“A partir do que foi debatido durante o Congresso dos Funcionários, vamos convocar todo o funcionalismo do BB para se mobilizar e defender a nossa proposta”, afirmou Eduardo Araújo.
CONFIRA AS PRINCIPAIS PREMISSAS:
• Propor como piso do PCCS o salário mínimo do Dieese, hoje equivalente a R$ 2.139,06);
• Adotar a jornada de 6 horas para todos, sem redução de salários;
• Excluir da alçada dos gestores imediatos a decisão sobre comissionamentos e descomissionamentos;
• Não criar obrigação de migração de planos;
• Incorporar anuênio e gratificação semestral;
• Buscar a isonomia;
• Instituir políticas afirmativas nos processos de seleção interna;
• Elevação do interstício para 12% e 16%;
• Eliminar a coexistência de várias categorias de funcionários;
• Valorizar a antiguidade e a experiência no cargo e na função (interstício no PCS e no PCC);
• Elaborar regras claras de encarreiramento e adotar mecanismos para assegurar o seu cumprimento (regras objetivas para seleções internas);
• Criar regras claras sobre a progressão funcional horizontal (lateral, na mesma função) e vertical, mediante valorização da maturidade e da qualificação profissional;
• Estabelecer valorização do dirigente sindical no PCCS.