O não pagamento da segunda parcela da PLR 2013 ao funcionalismo do BNB é consequência direta dos atos de má gestão praticados entre 2003 e 2010 pela então diretoria do BNB. As irregularidades já foram fartamente denunciadas pelo Sindicato dos Bancários do Ceará com base em relatórios elaborados e divulgados pelo Ministério Público Federal.
Após mais de três anos de apuração das fraudes, apenas três dirigentes de primeiro escalão do BNB perderam suas funções. O ex-presidente Roberto Smith saiu sem qualquer responsabilização pelo Governo Federal e quatro diretores de sua administração permanecem nos cargos, apesar de evidências concretas sobre participação na malversação de recursos públicos administrados pela Instituição.
Somente no balanço do BNB de 2013, R$ 365 milhões foram destinados para cobrir rombos deixados por devedores do Banco que não pagaram os empréstimos tomados.
Ironicamente, R$ 36 milhões que faltam ao Banco pagar ao funcionalismo a título de PLR, representam aproximadamente os 10% de lucro de R$ 365 milhões que o Banco deixou de apurar devido o provisionamento para as chamadas Perdas de Devedores Duvidosos (PDD). Nesse ritmo, só resta ao funcionalismo dançar? O Sindicato responde “não”.
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“É preciso lutar com todas as armas disponíveis para garantir o direito dos trabalhadores previsto na Convenção Coletiva. A cobrança incessante do pagamento à Direção do Banco vai continuar, acompanhada de ações jurídicas já em análise, além de mobilizações nas dependências do BNB”
Tomaz de Aquino, diretor do Sindicato e funcionário do BNB