Redução da jornada criará 2,8 milhões de vagas

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A redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais e a limitação das horas extras significariam 2,8 milhões de novos empregos no país, segundo estudo feito pelo Departamento Intersindical de Estudos Socioeconômicos (Dieese), a pedido da Central Única dos Trabalhadores (CUT).

A redução da jornada é uma luta antiga do movimento sindical. Em março de 2004, seis centrais sindicais brasileiras (CAT, CGT, CGTB, CUT, SDS e Força Sindical), com apoio do Dieese, articularam uma campanha unificada para ampliação do nível de emprego, através da redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais, bem como da eliminação de horas extras e do banco de horas.

“Com o crescimento da produção, em vez de contratar, as empresas aumentam a carga dos trabalhadores. Se as horas extras forem limitadas, novos postos serão criados”, diz Rosane da Silva, secretária nacional de política sindical da CUT. O projeto de limitar as horas extras será enviado pelas centrais sindicais ao Congresso Nacional.

Até hoje, poucas categorias profissionais conquistaram redução de suas jornadas de trabalho a patamares inferiores ao limite constitucional de 44 horas semanais. As jornadas reduzidas, majoritariamente, são restritas a parcela dos trabalhadores abrangidos pela negociação.