Redução do número de ataques reflete cumprimento das leis de segurança

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O Sindicato dos Bancários do Ceará registrou 19 ataques a bancos/ou cidadãos no Ceará no primeiro trimestre de 2014. O número é inferior ao mesmo período do ano passado, quando foram registrados 29 ataques. O Sindicato atribui essa redução ao cumprimento de vários itens do Estatuto de Segurança Bancária em Fortaleza onde, nesses três primeiros meses de 2014, foram contabilizados somente dois ataques (ambos em março): uma tentativa de arrombamento no Bradesco e um arrombamento no Santander.


Os números comprovam os fatos. Em março deste ano foram contabilizados pelo levantamento da entidade um total de seis ataques, enquanto que no ano passado foram 11. Fortaleza foi alvo de duas ações em três meses, enquanto que no mesmo período do ano passado foram registradas 15 ações.


Arrombamentos ainda lideram ações – Nesse primeiro trimestre de 2014 foram registrados 19 ataques, sendo dez com uso de explosivos. Foram ao todo dez arrombamentos, quatro tentativas de arrombamentos, dois assaltos, uma tentativa de assalto e duas saidinhas bancárias (uma em Independência e uma em Caucaia, onde foi registrada a morte de uma das vítimas).


Bradesco é alvo principal – O Bradesco desbancou o Banco do Brasil como alvo preferido de assaltantes. Nesse primeiro trimestre foram registrados dez ataques ao Bradesco, seguido do Banco do Brasil que sofreu sete ataques. Em terceiro vem o Santander, com dois.

No mesmo período de 2013 foram contabilizados 13 ataques ao BB, seis ao Bradesco, quatro ao Itaú, um ao Santander, um a carro forte. Outros ou não informados contabilizaram seis ataques.


Ceará é o 4º em mortes em 2013 – Outro diagnóstico da violência nos bancos é a pesquisa nacional sobre mortes em assaltos envolvendo bancos. Em 2013, o levantamento apurou a ocorrência de 65 assassinatos, média de 5,4 vítimas fatais por mês, um aumento de 14% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram registradas 57 mortes. São Paulo (17), Rio de Janeiro (11), Bahia (7), Ceará (6), Minas Gerais (6) e Rio Grande do Sul (5) foram os estados com o maior número de casos. As principais ocorrências (49%) foram o crime de “saidinha de banco”, que provocou 32 mortes, o assalto a correspondentes bancários (22%), que matou 14 pessoas, e o assalto a agências (12%), que tirou a vida de 8 pessoas. Mais uma vez, as maiores vítimas (55%) foram os clientes (36), seguido de vigilantes (10), transeuntes (5) e policiais (7). Dois bancários também foram mortos, além de outras cinco pessoas, muitos vítimas de balas perdidas em tiroteios.


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Nós dizemos isso há muito tempo: o que pode reduzir o quantitativo de ataques a bancos, além da melhoria da segurança pública, é realmente o investimento das instituições financeiras em segurança. O Estatuto de Segurança, que obriga os bancos a fazerem isso, tem provado nossa teoria. A redução de ataques em Fortaleza e na região metropolitana, por consequência, reduziram muito e isso tem se refletido também no Interior, onde em alguns municípios já tramitam leis semelhantes. Claro que ainda há muito a ser feito e conquistado, mas esse é um primeiro passo para minimizar esse tipo de violência”
Carlos Eduardo Bezerra, presidente do Sindicato dos Bancários do Ceará