REESTRUTURAÇÃO É ALVO DE AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO NO MPT

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A Contraf-CUT participou, dia 10/7, de audiência de conciliação no Ministério Público do Trabalho, com o intuito de suspender e solucionar as arbitrariedades e abusos que estão ocorrendo na reestruturação da Caixa.


Desde o início da audiência, a empresa reforçou, através de seus representantes, que não é o caso de reestruturação e sim de equalização da força de trabalho. Na avaliação do movimento sindical é, na verdade, uma desestruturação da Caixa bem como ataque aos seus empregados para fragiliza-los.


A Caixa também reforçou que o processo de realocação e mudanças era uma decisão empresarial e que era temerosa a interferência do movimento sindical nessa gestão. O movimento sindical rebateu que a intenção não era de gerir a empresa e sim defender os empregados das arbitrariedades e abusos bem como defender a instituição com foco na sua sustentabilidade.


Um exemplo claro de prejuízo são os colegas com experiência e saber especializado que estão sendo transferidos e consequentemente as áreas estão perdendo conhecimento, como as áreas de habitação e TI. Fruto da audiência de mediação com o MPT, a Caixa se comprometeu a tratar as pontualidades apontadas pelo movimento sindical na próxima semana.


AUDIÊNCIA PÚBLICA – O presidente da Caixa, Pedro Guimarães, faltou à audiência pública que discutiria com representantes dos empregados ações como privatização de áreas estratégicas, nomeações polêmicas na diretoria do banco, saída do Conselho Curador do FGTS e reestruturação. O evento aconteceria dia 9/7, na Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público da Câmara Federal. O objetivo era debater com entidades, representantes da sociedade civil e empregados da Caixa algumas medidas da atual gestão que tendem ao enfraquecimento da instituição e do seu papel no desenvolvimento econômico e social do Brasil. Devido à ausência injustificada, a audiência pública foi cancelada pela deputada Érika Kokay

(PT/DF), que propôs o debate. A deputada explicou que a participação do gestor havia sido confirmada com o acordo estabelecido entre a Câmara e a equipe econômica do governo.


Na condição de autora do requerimento, Kokay explicou que irá remeter ao Ministério do Trabalho e ao Tribunal de Contas da União (TCU) uma nova representação contra o processo de reestruturação na Caixa. O presidente do banco também será alvo de novo requerimento para comparecer a uma audiência na Câmara. Dessa vez, o objetivo será convocá-lo, o que o obrigará a participar da reunião.