Durante o governo do PSDB, de 1995 a 2002, houve reestruturação do setor financeiro brasileiro, aumentando a pressão sobre os bancários, especialmente dos bancos públicos. Essa época foi marcada por demissões (através de PDVs ou mesmo sumárias) perseguições, transferências, além de cortes de salários e direitos. Por conta disso, 181 bancários cometeram suicídio, segundo informações do Ministério da Saúde.
No Banco do Brasil, por exemplo, o governo realizou a reestruturação através de um Programa de Demissão Voluntária (PDV). Os sindicatos calculam que 28 bancários do BB tiraram a própria vida, por conta da pressão por parte do banco somente em 1995.
Nos governos do PSDB foram feitas reformas administrativa e previdenciária, além da supressão ou redução de 50 direitos e vantagens dos servidores, a desvinculação dos reajustes dos civis dos reajustes dos militares e a burla ou quebra da paridade, com uma política de gratificação salarial que prejudicou enormemente os aposentados e pensionistas do serviço público.
Os tucanos, por meio da Lei 9.801/99, autorizaram a perda de cargo público por excesso de despesa, regulamentando o § 4º do art. 169 da Constituição. Entretanto, nos governos Lula/Dilma não houve uma só demissão com esse fundamento.
FATOR PREVIDENCIÁRIO – Criado no governo FHC para manter sob controle as contas da Previdência Social, o fator calcula as aposentadorias por tempo de contribuição e idade, funcionando na prática como um redutor dos benefícios. O fim do fator é hoje a principal reivindicação dos movimentos e entidades de aposentados. O senador Paulo Paim (PT/RS) é autor de um projeto de lei que acaba com o fator previdenciário, estabelecendo a Fórmula 85/95, que soma a idade ao tempo de contribuição até atingir o valor de 85 para as mulheres, e 95 para os homens. Hoje, o fator reduz entre 35% e 40% o valor real dos benefícios no ato da aposentadoria.