Reivindicações da Campanha 2014 foram entregues aos bancos

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A pauta de reivindicações da Campanha Nacional Unificada 2014 foi entregue aos bancos na segunda-feira, dia 11/8. A reunião entre os integrantes do Comando Nacional dos Bancários e representantes da Fenaban aconteceu em São Paulo. Os bancos passam agora a ter conhecimento das reivindicações dos trabalhadores debatidas e votadas nacionalmente e, a partir disso, começam as rodadas de negociação.


Esta pauta final entregue à Fenaban foi definida entre os dias 25 e 27/7, na 16ª Conferência Nacional dos Bancários, por 634 delegados eleitos em todo o Brasil.


Pauta – O índice de reajuste reivindicado é de 12,5% (composto por 6,76% de reposição da inflação projetada mais aumento real de 5,4%) e a Participação nos Lucros e Resultados (PLR), de três salários mais R$ 6.247. Os bancários querem o 14º salário e, para o piso, R$ 2.979,25: o salário mínimo previsto pelo Dieese. A reivindicação para vales refeição e alimentação, 13ª cesta e auxílio-creche/babá é o valor de um salário mínimo mensal para cada: R$ 724,00.


A categoria a partir de agora já está mobilizada para engrossar a luta das entidades, objetivando agregar novas conquistas à Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).


Como prova de que os bancos têm condições de atender as reivindicações dos bancários, as três maiores instituições privadas do País divulgaram seus balanços e, como vem acontecendo pelo menos nas últimas duas décadas, o lucro dessas empresas continua nas alturas. O Itaú é o campeão, por enquanto, com R$ 9,5 bi no primeiro semestre do ano. Logo depois vem o Bradesco com R$ 7,2 bi no período. O Santander acumulou R$ 2,9 bi nesses primeiros seis meses de 2014. Juntos, esses resultados representam crescimento de 22,9% em relação ao ano passado.


Melhores condições – Além da pauta econômica, os bancários vão à mesa de negociação cobrar mudança radical no sentido de melhorar as condições de trabalho. Há um grave quadro de sobrecarga e milhares de bancários estão ficando doentes. Agora é pressionar para que os bancos parem de demitir e contratem mais, e parem com essa gestão absurda, que se utiliza do assédio moral para cobrar metas abusivas.


“Os bancos continuam lucrando muito e os trabalhadores precisam ser reconhecidos. #queremos mais emprego, salário, saúde, segurança, igualdade e melhor atendimento à população, com redução de tarifas e juros”
Carlos Eduardo Bezerra, presidente do Sindicato dos Bancários do Ceará