Relembrando 2007 e construindo o futuro

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O ano de 2007, em que a CUT completou seus 24 anos de existência, encerrou-se em grande estilo, com o pleno êxito da 4ª Marcha Nacional da Classe Trabalhadora pela Redução da Jornada de Trabalho, Mais e Melhores Empregos e em Defesa da Seguridade Social. Uma vez mais, a Marcha serviu para mostrar a grande capacidade de mobilização nacional da CUT.


A IV Marcha, que foi realizada em conjunto com as demais centrais sindicais, conquistou resultados concretos para os trabalhadores, como o compromisso do Presidente Lula em enviar em breve ao Congresso Nacional a ratificação da convenção 158 da OIT, o que representa um importante avanço para os assalariados da iniciativa privada, na medida em que estabelece o fim da prática da demissão sem justa causa ou imotivada no País. Também será enviada ao Congresso para ratificação a convenção 151, que estabelece a negociação para o setor público, antiga reivindicação do movimento sindical cutista.


Outra conquista residiu no campo da democratização da gestão pública, por meio da eleição de representantes dos trabalhadores para os Conselhos de Administração das empresas estatais federais. Saímos também revigorados com a proposta de realização de abaixo-assinado em prol da agilização no Congresso Nacional da Proposta de Emenda Constitucional que reduz a Jornada de Trabalho para o máximo de 40 horas semanais.


Durante o primeiro semestre, além de lançar a Campanha Salarial Unificada (ainda a ser aprimorada e fortalecida este ano), a CUT priorizou o tema do desenvolvimento, de forma a não restringí-lo ao mero crescimento do PIB, mas ampliá-lo de maneira a ser sinônimo de avanço das relações de trabalho. Neste sentido, cabe registrar também a ampliação de nossa participação no Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES) da Presidência da República.


Fortalecendo a organização sindical – No campo da luta contra a precarização das relações de trabalho, superamos divergências internas e, de modo conjunto, e com a participação das Confederações que participam do Grupo de Trabalho sobre Terceirização, formulamos um Projeto de Lei visando coibir o maléfico efeito da terceirização nas relações de trabalho.


São grandes os desafios organizativos e de consolidação do projeto da CUT em 2008. Um deles é dar seqüência à estratégia iniciada com a Política de Valorização do Salário Mínimo, na qual a CUT mobilizou e negociou visando os interesses dos segmentos mais vulneráveis da classe trabalhadora brasileira. No caminho desafios, sonhos e ideais a serem perseguidos por uma jovem chamada CUT, prestes a completar 25 anos de vida e que cheia de energia pode dizer de boca cheia: “E que venha 2008 Já!”

Denise Motta Dau é Secretária Nacional de Organização da CUT Nacional