Depois da promessa do Banco do Brasil cumprir integralmente o acordo firmado com a Contraf-CUT, as CCPs serão retomadas em todo o País. Os sindicatos estão sendo orientados pela Confederação para que retomem as Comissões de Conciliação Prévia (CCPs) com o banco. O acerto foi feito em negociação realizada em Brasília na última terça-feira, dia 20/11, quando a direção do BB se comprometeu a solucionar os problemas apontados pelos bancários na condução das conciliações.
Embora a Contraf oriente a retomada das sessões de conciliação, a Confederação ressalta que os sindicatos devem ficar atentos à postura do banco. As CCPs devem ser instrumentos de garantia dos direitos dos trabalhadores, e esse princípio deve nortear as conciliações.
Durante a negociação da semana passada, os representantes dos bancários questionaram a certificação, o trabalho em dia não útil e a substituição de comissionados. “Cobramos do banco um prazo maior e condições melhores para que os bancários possam fazer as provas de certificação obrigatória em condições adequadas, uma vez que o ritmo de trabalho não permite que o bancário sequer se prepare para as provas”, declara o coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, Marcel Barros.
Sobre as substituições, a Contraf-CUT apresentou vários casos em que os trabalhadores chegam a exercer três cargos diferentes num mesmo dia, numa clara demonstração de que o desvio de função é uma rotina dentro do banco.
Para resolver a questão do trabalho em dia não útil, a Contraf-CUT apresentou ao BB um documento no qual é cobrado o cumprimento de acordo de 2004, firmado com a Dires e a Dired, que garante o pagamento de duas folgas por trabalho em dia não útil, além do ressarcimento dos valores de transporte e alimentação. Os casos têm ocorrido principalmente em Minas e na Bahia, onde o banco assumiu as contas do governo do Estado.