Reunião da mesa permanente reforça risco de abertura de capital e outros retrocessos

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A Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa), que assessora a Contraf-CUT nas negociações com o banco, reafirmou durante a reunião da mesa permanente, dia 2/6, a disposição de intensificar a luta contra o enfraquecimento da empresa e qualquer tentativa de privatizá-la. Para a CEE, a negociação indica que há, sim, a intenção de, no mínimo, abrir o capital.


Os dirigentes sindicais protestaram contra as medidas que visam o desmonte da empresa. As informações repassadas pelos representantes do banco só reforçaram a preocupação das representações dos trabalhadores. Não há perspectiva de novas contratações. Além do enxugamento do quadro de pessoal, a Caixa informou que vai concluir a primeira onda da reestruturação, mas que não há nada definido em relação a outras etapas. Sobre alterações nas retaguardas, o banco se comprometeu a repassar informações detalhadas.


Outras medidas em curso podem agravar ainda mais as condições de trabalho. O banco não vai nomear novos caixas. Com isso, não haverá reposição dos trabalhadores em caso de vacância por aposentadoria ou promoção. Os caixas serão substituídos pelo caixa minuto, ou seja, outro empregado que é deslocado para exercer a atividade.


Os representantes do banco não souberam esclarecer porque o caixa minuto está sendo adotado. Os dirigentes sindicais lembraram que esse debate foi feito no final dos anos 90, no momento que o banco estava sendo desmontado para ser vendido para o mercado. A comissão reivindicou que a empresa reveja sua posição.


Durante a reunião da mesa permanente, a Caixa fez uma explanação sobre o conceito de agência virtual que pretende implementar, inicialmente como projeto piloto na SR Sul de Goiás, Campinas, SR RJ Sul, SR Brasília Norte e SR Ipiranga. A alegação da empresa é de que esse tipo de unidade vai desonerar o volume de atendimento nas agências. Para os membros da CEE/Caixa, as agências virtuais podem acarretar o fechamento de unidades e a adoecimento de trabalhadores, como já ocorreu em outros bancos.