Reunião entre SEEB/CE e funcionários do BB de Messejana discute problemas da agência

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O Sindicato dos Bancários do Ceará se reuniu nos dias 15 e 16/3 com funcionários da agência Messejana do Banco do Brasil, com o gerente geral Clarisvalter da Silva, com o gerente administrativo Raimundo de Aguiar e com o diretor regional do BB, João Batista, para discutir problemas levados ao Sindicato e cobrar posicionamentos do banco sobre as denúncias. Segurança, assédio moral e extrapolação da jornada de trabalho foram os pontos discutidos.


Em um primeiro momento, foi discutida a segurança da agência, várias vezes alvo da ação de criminosos, ainda diante dos desdobramentos do caso de extorsão mediante sequestro da família de um funcionário. “Estamos atuando de forma permanente na proteção do colega que foi extorquido mediante o sequestro de sua família para que ele possa o quanto antes superar este violento trauma causado pelo crime organizado. Esperamos que o PAVAS (Programa de Atenção a Vítimas de Assaltos e Sequestro) possa ser efetivo neste atendimento conquistado por nós trabalhadores e também acompanhando eventuais esclarecimentos necessários para a apuração em andamento”, disse Carlos Eduardo Bezerra, presidente do SEEB/CE.


O Sindicato também realizou visita ao posto da Chesf e em contato com o RESEG (núcleo de segurança), apresentou demanda por análise de melhorias dos equipamentos de segurança e teve retorno de que um analista de segurança irá fazer uma vistoria no local. Sobre as denúncias de que a atual tesoureira está exposta aos mesmos riscos de insegurança que seu antecessor e com sobrecarga de trabalho, a administração garante que todos os procedimentos de segurança estão sendo seguidos, o que foi confirmado em reunião com os funcionários.

ASSÉDIO MORAL – O Sindicato questionou ainda sobre as denúncias de assédio moral e cobrança abusiva de metas por parte da administração. A visita permitiu identificar dificuldades nas relações internas da agência, reconhecidas pela gerência e que estão sendo apuradas em detalhes pelo Sindicato. “Eu não aceito que ninguém faça nada errado. Eu sou aberto em relação a isso. Mas o que exijo está dentro do que o banco quer. O que converso com os colegas é o que o banco exige”, explicou o gerente geral. A administração se comprometeu a realizar reuniões regulares com os colegas para tentar reverter o quadro.


Ainda entre as denúncias, está a recorrente extrapolação da jornada de trabalho, mediante pressão para descumprir o horário de expediente. “A prática de hora extra acontece somente nos caixas e em dias de grande fluxo de clientes. São casos pontuais em dias de pico”, explicou a gerência. Para tentar evitar horas extras, foi aprovada uma proposta para reordenar os horários de entrada e saída, para formação de caixa e garantir o respeito a jornada legal dos colegas.


“Nós recebemos reclamações de vários setores da agência. O compromisso do Sindicato é identificar os problemas e deve ser compromisso da empresa solucioná-los”, disse Carlos Eduardo. “Foi uma reunião importante. Conseguimos com que a administração assumisse uma série de compromissos e, ao final, três colegas da agência ainda se filiaram ao Sindicato”, cita Bosco Mota, diretor do SEEB/CE e funcionário do BB.

Sob proteção do PAVAS

Em novembro do ano passado, a família do tesoureiro da agência foi sequestrada e, sob ameaça, o bancário levou da agência a quantia exigida pelos criminosos. O funcionário está sob a proteção do PAVAS (Programa de Assistência às Vítimas de Assaltos e Sequestros), equipamento que todos os funcionários do Banco do Brasil têm direito. O programa é administrado pela Diretoria de Gestão de Pessoas (Gepes) que é sempre avisada em casos de assalto a uma agência do banco ou sequestro de funcionário. A Gepes envia para o local uma força-tarefa composta de cinco equipes: superintendência regional, segurança, jurídica, saúde e gestão de pessoas e orienta o banco na abertura da CAT (Comunicação de Acidente de Trabalho). O bancário deve entrar em contato com a Gepes para maiores informações sobre o PAVAS.