Rodízios malucos e ausência de caixas no BB

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Desde a implantação da Plataforma de Suporte Operacional (PSO) do Banco do Brasil, os bancários apresentam inúmeras reclamações para o Sindicato dos Bancários do Ceará sobre os transtornos causados pelo remanejamento de caixas. De acordo com as denúncias, os rodízios não respeitam compromisso assumido pelo banco de minimizar os transtornos de locomoção.


Além disso, em dias de pico, a ausência de caixas em algumas agências torna a atividade um verdadeiro caos, com atendimento precário e consequente superlotação. Tudo isso acontece porque o número de caixas de acordo com a substituição do PSO é insuficiente para atender a demanda, desfalcando as unidades e sobrecarregando os funcionários. Há registros ainda de que funcionários trocam o local de trabalho durante o expediente. 


“Após a implantação do PSO, a ida para outra agência, que seria uma coisa esporádica, ficou quase que diária. Eu e meus demais colegas não estamos gostando dessa situação, pois está causando muitos transtornos”, afirma uma bancária, em denúncia feita junto ao Sindicato.


Em julho deste ano o Sindicato se reuniu com os gerentes do PSO para apresentar todos os problemas que chegam ao conhecimento da entidade sindical. Na ocasião, os diretores sindicais exigiram que as dotações da PSO fossem revistas e aumentadas. Os representantes do BB, por sua vez, garantiram realizar ajustes e se comprometeram a facilitar a locomoção dos gerentes de serviços, distribuindo-os em locais próximos as suas residências. O compromisso, porém, não está sendo cumprido.


“O Sindicato percebeu ainda que durante a greve alguns gerentes de serviço não fizeram greve temendo retaliações do banco no sentido de serem enviados para locais distantes. Mas o que o Sindicato observa é que isso tem atingido os gerentes de serviço indiscriminadamente, independente de terem feito greve ou não”, afirma José Eduardo Marinho, diretor do Sindicato dos Bancários.


O Sindicato está vigilante e vai denunciar sempre que a prática for prejudicial aos bancários. A orientação é que os caixas registrem as práticas e repassem para a entidade a fim de que sejam tomadas as providências.