Santander continua com demissões e extingue cargos sem dar explicações

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Apesar do aumento assustador do número de contas correntes, com cerca de 2,2 milhões novos correntistas apenas em 2013, o Santander continua sua política de demissões. O banco espanhol está acabando com funções como GA+ e B1 e B2 (empresas). GA+ virou coordenadora dos caixas e B2 foi para plataforma.


De acordo com denúncias de bancários, com a fusão dos cargos de empresa 1 e empresa 2, o Santander está criando uma nova categoria de gerentes, que tem o sugestivo nome de gerente misto. Esta fusão representará mais clientes e serviços para um único gerente. A atual gestão do banco só cria confusão, sobrecarrega e gera enorme descontentamento entre os funcionários, além de impedir o bom atendimento ao cliente.


Segundo o diretor do Sindicato dos Bancários do Ceará e funcionário do Santander, Eugênio Silva, em Fortaleza não é diferente. O banco anunciou o fechamento de duas agências cuja massa de serviços será absorvida por outras unidades. “Essa é a oportunidade do banco resolver o problema da falta de funcionários, lotando os funcionários dessas agências fechadas nas unidades onde existem deficiências de pessoal, e não proceder com as absurdas demissões”, aponta Eugênio.


Sobrecarga de trabalho – Para os bancários que não foram demitidos por causa de mais essa reestruturação nos quadros do banco, sobra acúmulo de tarefas, pressão pelo cumprimento de mais metas, muito sofrimento e adoecimento.


Em 2013, o banco espanhol reduziu 4.371 empregos, fechou as portas de 94 agências, 128 postos de atendimento (PAs) e desativou 835 caixas eletrônicos. Tudo isso no mesmo período em que passou a administrar 29,5 milhões de contas correntes, ante 27,3 milhões em 2013, e obteve lucro de R$ 5,7 bilhões, o que representa 23% do resultado mundial do banco.


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“O banco extingue cargos de maneira truculenta e injustificável. Isso traz acúmulo de atividades e adoecimentos físicos e psíquicos aos funcionários que permanecerem. Exigimos respeito aos trabalhadores e o fim dessa política de extinção de cargos”
Eugênio Silva, diretor do Sindicato dos Bancários e funcionário do Santander