SEEB-CE denuncia superlotação na agência do BNB da Bezerra de Menezes

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Dificuldade para entrar até no autoatendimento, lotação extrema e muita espera, além da máquina da senha quebrada. Essa é a realidade de quem busca atendimento na agência do Banco do Nordeste do Brasil na Av. Bezerra de Menezes. Enquanto isso, funcionários enfrentam as condições precárias para tentar prestar um atendimento, pelo menos razoável, à população.


Foi essa situação caótica que o Sindicato dos Bancários do Ceará denunciou em manifestação realizada na última terça-feira, dia 11/12. O que a entidade comprovou foi que às 15h, a unidade ainda se encontrava completamente lotada, sem condições de atender todas as pessoas até às 16h.


O cabeleireiro João Batista estava há duas horas esperando atendimento. “Eu vim aqui fazer uma retirada porque meu cartão estava bloqueado. Cheguei aqui às 13h30 e já são 15h30 e ainda tem esse mundo de gente na minha frente. Sempre quando eu venho aqui tem muita gente, mas hoje está pior, precário mesmo”, relatou ele apontando que a situação melhoraria se a agência fosse para um prédio maior e se fossem contratados mais funcionários. “Ainda há pouco só havia uma pessoa atendendo e de repente, esse funcionário teve que se ausentar por quase 20 minutos e a fila ficou parada”, disse.


“É preciso dar condições de trabalho adequadas aos bancários para que também se possa prestar um bom atendimento ao cliente, o que não vem acontecendo no BNB. Os próprios bancários vêm denunciando essas irregularidades.Estamos chamando a população também para denunciar porque esse absurdo não pode continuar”, afirma o diretor do Sindicato, Océlio Silveira, ressaltando que as manifestações devem continuar até que o BNB tome providências.


O diretor Pedro Moreira lembrou ainda que o Banco está desrespeitando a lei estadual das filas que determina que o atendimento deve ser feito em 15 minutos em dias normais e em 30 minutos em dias de pico. “Isso que está se passando dentro das agências do BNB no Ceará é um desrespeito. Esse tipo de coisa não pode acontecer, é um desrespeito com o ser humano, tanto aos trabalhadores quanto aos clientes. Quantas pessoas passam o dia aqui para ser atendidas? Nós não podemos aceitar isso”, disse.


“A direção do Sindicato está empenhada em solucionar esses problemas. Nós sempre lutamos para que cada cidadão tenha seus direitos assegurados. No Ceará, particularmente, nós estamos passando por um caos bancário onde se vê todos os bancos sem a mínima condição de prestar um atendimento digno à sociedade cearense. No BNB não é diferente. Infelizmente, o Banco não cresceu estruturalmente como deveria e as agências não comportam a demanda. Então, o Sindicato está cobrando do BNB a abertura de mais unidades, que o Banco amplie suas agências e, acima de tudo, contrate mais profissionais para prestar um bom atendimento à sociedade”, completou o diretor do Sindicato, Telmo Nunes.


Não só abrir novas agências, mas solucionar velhos problemas – O diretor do Sindicato e coordenador da Comissão Nacional dos Funcionários do BNB, Tomaz de Aquino, informou que o BNB confirmou a inauguração de 28 novas agências bancárias no Ceará durante o próximo ano e até o final de 2012 três novas unidades serão inauguradas: Pacajus, Acopiara e Barbalha. Além disso, o Banco informou que deve convocar mais turmas de aprovados no concurso de 2010. “Mas ao mesmo tempo eu questiono: enquanto o BNB anuncia novas agências e as inaugura com prédios funcionais, que realmente dão condições de atendimento, o que o Banco está fazendo para melhorar a vida dos bancários e dos clientes das agências antigas que estão sem a mínima condição de funcionamento? O Sindicato dos Bancários vai continuar incansável na sua luta, denunciando essas péssimas condições”.


Tomaz informou ainda que o Sindicato já instaurou junto ao Ministério Público do Trabalho um pedido para que sejam tomadas as providências. “Nós queremos nos solidarizar com os clientes e com os funcionários dessa agência do BNB e dizer: contem com o Sindicato porque a luta dessa entidade não é só para defender os salários nem as conquistas dos seus trabalhadores, mas também para defender a dignidade e a decência no tratamento à população”.