SEEB/CE retarda atendimento de agência do Itaú por duas horas

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Como parte das reivindicações da Campanha Salarial 2009, dirigentes do Sindicato dos Bancários do Ceará realizaram na última quinta-feira, 10/9, uma mobilização em frente à agência do Itaú da Praça dos Correios, em Fortaleza. O ato retardou o início do atendimento da unidade por duas horas. Mas além de várias palavras de ordem e indignação, a reivindicação contou também com a participação da bandinha, de um palhaço e de uma dupla de repentistas, que garantiram a descontração no local, nunca esquecendo a seriedade da temática discutida


O diretor do Sindicato e funcionário do Itaú, Ribamar Pacheco, disse que o ato é apenas consequência da “postura de descaso, arrogância e prepotência dos banqueiros”. Segundo ele, depois de quatro rodadas de negociações, nada foi aceito pela direção do banco. E Ribamar deu um ultimato: “se até o dia 17/9 não houver acordo, iremos deflagrar uma greve nacional”.


Mesmo com um lucro de R$ 4,6 bilhões no primeiro semestre de 2009, o Itaú é um dos bancos que mais demite no País, contribuindo consideravelmente para o fechamento de 1.364 postos de trabalho apenas no primeiro trimestre deste ano, já demonstrando o efeito negativo da fusão com o Unibanco. “Responsabilidade social o dono do Itaú não tem nenhuma”, disse o diretor.


Durante a mobilização, além de melhoria nas questões econômicas e sociais dos trabalhadores, como uma PLR justa, foram cobrados o fim das longas filas e de altas tarifas e juros bancários. “O Itaú explora os seus funcionários e explora os clientes”, afirmou Ribamar. “Queremos também um aumento no quadro de funcionários”, acrescentou, visando um avanço no atendimento.


Ribamar Pacheco denunciou ainda o assédio moral ao qual os bancários são submetidos diariamente. “Os bancários têm contribuído para o enriquecimento desses gananciosos banqueiros, mas na hora de reconhecerem o trabalho dos funcionários, os banqueiros se negam”, completou. A implantação da Convenção 158 da OIT, que garante o fim das demissões imotivadas, também foi exigida pelos dirigentes.