Sem avanços debate de metodologia para uso do superávit do Saúde Caixa

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Ficou sem avanços a reunião do GT Saúde sobre a proposta de metodologia para o uso do superávit do Saúde Caixa, conforme acordo firmado na Campanha Nacional 2014. Em encontro realizado no dia 24/11, em Brasília, os números apresentados foram considerados insuficientes pelos representantes dos empregados, para assegurar uma discussão transparente a respeito da série histórica de superávits consecutivos do plano de saúde, no decorrer dos últimos seis exercícios.


Os dirigentes sindicais disseram que apenas com a disponibilização dos dados será possível debater uma proposta que aponte para a melhoria do Saúde Caixa em nível de coberturas e de ampliação da rede credenciada e no setor de atendimento. Uma das maiores queixas diz respeito à falta de transparência por parte da empresa na apresentação dos números. O que foi divulgado não passou de informações anuais genéricas, impressas em folhas de papéis avulsas e sem o carimbo oficial do banco.


O compromisso de apresentar a metodologia até 15 de dezembro está no aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) 2014/2015 e a resposta ficou de ser dada até essa data. As entidades representativas dos trabalhadores exigem a disponibilização dos números imediatamente. Sem os dados, os representantes dos empregados estão em desvantagem.


A reivindicação do movimento nacional dos empregados é para que todos os dados relativos a receitas e despesas do Saúde Caixa, desde a época em que o plano foi criado, em junho de 2004, sejam apresentados mês a mês. O pedido já foi feito, mas a Caixa afirmou não ter interesse em disponibilizá-los, sob o argumento de que esses valores são contábeis. Os empregados contestaram essa posição e, diante das pressões, os representantes do banco vão consultar a área responsável pela gestão do Saúde Caixa, para posterior divulgação de números mais detalhados.


“O trabalho do GT fica inviabilizado sem esses números e nós, empregados, ficamos em desvantagem para fazer o debate no grupo. A Caixa descumpre o acordado na campanha salarial e exigimos transparência”
Marcos Saraiva, diretor do Sindicato e da Fenae