Na primeira rodada de negociações entre o Comando Nacional dos Bancários e a direção do Banco do Brasil, o tema foi Emprego, Saúde e Condições de Trabalho, e o avanço, nenhum. Foram dois dias de reuniões, 24 e 25/8, em Brasília, e o BB não apresentou avanços quanto às cláusulas de condições de trabalho e sequer garantiu que serão realizadas novas contratações para tentar sanar o caos nas agências.
No primeiro dia na segunda-feira (24), os funcionários cobraram mais contratações e a imediata reposição das vagas abertas pelo plano de aposentadoria incentivada. O Banco não informou se vai repor as vagas do PAI ou mesmo quantos funcionários pretende contratar para a reposição dessas vagas. Os funcionários cobraram também os casos de terceirizados dentro das unidades de negócio e o banco ficou de analisar, pois segundo a direção, não é orientação da empresa.
Condições de trabalho – Foram tratados assuntos referentes ao PCMSO e aos programas de saúde do trabalhador. Foi reivindicado ainda que qualquer funcionário, independente do cargo que exerça, receba gratificação quando abrir o terminal para trabalho de caixa, evitando-se o desvio de função. Também foi solicitado que a mesa temática sobre cobrança de metas seja permanente e trimestral, uma vez que é um assunto que precisa sempre ser atualizado.
Saúde – Foi cobrada a melhoria das condições dos funcionários em licença saúde, como a prorrogação do pagamento dos auxílios refeição e a cesta alimentação durante todo o período da licença, bem como a irredutibilidade do salário durante o período de afastamento, proposta que o banco considera “muito difícil de ser atendida”.
Cassi e Plano Odontológico – Os trabalhadores também cobraram melhorias na Cassi, como o custeio da ampliação da Estratégia Saúde da Família (ESF) e apresentação de soluções na mesa específica. Os funcionários cobraram ainda melhorias do plano odontológico e que este seja administrado pela Cassi, para gerar mais receitas e melhorar o atendimento do plano. O banco informou mudanças no atual plano odontológico e apresentou uma carta que está sendo encaminhada aos funcionários com as melhorias na BB Dental.
Ato de gestão – A Contraf-CUT e Sindicatos novamente cobraram do BB o fim das demissões e descomissionamentos por ato de gestão. Muitas vezes, isso tem servido apenas para ameaçar os trabalhadores. O banco tem afirmado que casos de demissão e descomissionamentos são pontuais e que não vê neste momento a necessidade acabar com esse instrumento.
“O banco tem fechado os olhos para a situação dos bancários nas agências. As condições de trabalho só vão melhorar se o BB começar a repor o quadro de funcionários. Por isso, nós cobramos mais contratações urgentes e esperamos que até o final desse processo de negociação tenhamos compromissos firmados com relação às contratações e às melhorias na saúde e nas condições de trabalho do funcionalismo”
José Eduardo Marinho, diretor do Sindicato dos Bancários do Ceará