Seminário aponta fragilidade e ineficiência

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A segurança bancária no Brasil é insuficiente, mal organizada e está aquém dos padrões internacionais. Tanto que foi aqui o segundo maior assalto a banco do mundo, no Banco Central de Fortaleza, em 2006.


Durante o 3º Seminário Nacional de Segurança Bancária, que aconteceu dia 30/5, em Curitiba, as falhas ficaram evidentes e também a falta de proteção à vida dos bancários, vigilantes, clientes e população em geral.


O seminário foi promovido pela Contraf-CUT, Federação dos Bancários do Paraná, Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região e Sindicato dos Vigilantes de Curitiba.

A sistematização dos dados sobre segurança bancária é precária.

Diagnóstico – Um dos momentos mais importantes do Seminário foi a apresentação de uma pesquisa coordenada pelo especialista em segurança da Unicamp, Cleber Lopes. Na avaliação de Cleber “traçamos um perfil em quatro importantes unidades da federação e a conclusão que chegamos é a de que quando as autoridades civis e militares, as instituições financeiras, as categorias profissionais e a sociedade possuem dados e registros precisos sobre ocorrências nas agências bancárias, o combate à criminalidade se torna mais eficaz. Não existe política de segurança pública sem dados concretos. Para implementar é preciso diagnosticar”, explicou.

Carta de Curitiba – Ao final do seminário, os participantes elaboraram a carta de Curitiba, pedindo a criação de uma central de monitoramento em tempo real integrada com as policias civil e militar e as secretarias de segurança pública, mudança do layout das agências para resguardar o sigilo das transações financeiras, impedir a observação dos caixas e facilitar o posicionamento dos vigilantes, proibição do transporte de valores e de chaves de cofres por funcionários dos bancos, instalação de portas de segurança com detectores de metais e utilização de vigilantes no auto-atendimento, emissão de boletim de ocorrência e de Comunicado de Acidente de Trabalho e atualização da lei 7.102, de 1983, que rege a segurança privada no País e cobraram a aplicação da portaria da Polícia Federal que estabelece dois vigilantes por agência bancária.