Debater os desafios da CUT no ano de 2010. Esse foi o objetivo do Seminário realizado no dia 28/4 na sede da CUT no Ceará. O evento contou com a participação do vice-presidente da CUT Nacional, José Lopes Feijó, do presidente da CUT Ceará, Jerônimo do Nascimento, e de dirigentes sindicais.
O vice-presidente da CUT Nacional acredita que a visita ao Ceará é importante, pois, além de ser um estado que vem tendo um forte desenvolvimento econômico, a filial da CUT no estado possui uma mobilização expressiva com muitos sindicatos filiados. “Nós precisamos, portanto, debater com os companheiros e companheiras os desafios que temos nesse ano de 2010, em que questões importantes da classe trabalhadora vão estar sendo disputadas”, disse.
Na análise de Feijó, é essencial o debate sobre a conjuntura das eleições presidenciais desse ano, em que há a contraposição do projeto democrático-popular e do projeto neoliberal. Segundo Feijó, será a partir da decisão eleitoral que a classe trabalhadora poderá definir seu plano de mobilização para o ano de 2011.
Dentre os pontos, está a luta pela redução de jornada de trabalho para 40 horas sem redução salarial. Para o vice-presidente da CUT Nacional, a consequência mais importante da aprovação da Emenda Constitucional que estabelece a redução de jornada será a possibilidade do trabalhador de investir mais tempo para o lazer e para o aperfeiçoamento profissional. Feijó acredita que a Emenda não deverá ser votada nesse ano, devido às estratégias políticas para as eleições, mas, para ele, a classe trabalhadora deve continuar a mobilização para pressionar uma resposta favorável aos trabalhadores.
Outros pontos lembrados por Feijó foram as campanhas salariais das categorias, a construção de uma plataforma de desenvolvimento social da classe trabalhadora e a resistência contra um processo que está se tornando comum e que enfraquece a luta dos trabalhadores, que é a pulverização das entidades sindicais.
O presidente da CUT do Ceará, Jerônimo do Nascimento, avaliou os desafios da CUT no âmbito local: “ampliar a base de representação, fortalecer os coletivos, que são oito, e consolidar a unidade dos trabalhadores na participação da eleição de 2010, sempre na perspectiva de continuar os avanços reais”.
Para enfrentar os desafios, a linha da CUT, segundo Feijó, será mobilização e organização, contando com a grande representatividade e militância dos sindicatos cutistas. A expectativa é de que os desafios sejam “adequadamente enfrentados e, por consequência, isso acumule a capacidade de vencer cada desafio”, completa Feijó.