No próximo dia 5/12, os trabalhadores devem ir à Brasília em uma marcha que vai reivindicar a redução da jornada de trabalho, sem redução de salários. A jornada de trabalho estabelecida pela Constituição Federal é de 44 horas semanais. As centrais reivindicam a redução para 40 horas semanais, baseadas em um Projeto de Lei do Senador Paulo Paim (PT/RS) e do deputado federal, Inácio Arruda (PCdoB/CE). A marcha dos trabalhadores também deve reivindicar a ratificação da Convenção 158 da OIT (que trata da dispensa de funcionários sem justa causa), regulamentação da negociação coletiva com servidores públicos em todos os níveis e a defesa da seguridade social para todos.
O presidente da CUT nacional Artur Henrique destacou que é importante debater a melhoria de renda dos trabalhadores e, segundo ele, a melhor forma é debatendo a redução da jornada sem redução de salário. “Essa redução de jornada vai gerar cerca de 2,5 milhões de novos empregos formais na sociedade brasileira”, disse.
Artur lembrou ainda que hoje no Brasil se trabalha oficialmente 44h semanais, mas há um excesso de horas-extras, o que aumenta, e muito, a jornada de cada trabalhador. “Isso quer dizer que o trabalhador no Brasil acaba trabalhando muito mais e, por outro lado, que há espaço para a geração de mais empregos já que há a necessidade de se fazer hora extra”, conclui.
O presidente da CUT informou ao final que a central já está articulando para que uma comissão de trabalhadores seja recebida no dia 5/12 pelo presidente Lula na tentativa de pressionar o governo a votar o projeto de lei que prevê a redução da jornada.