Dirigentes sindicais do ABN/Amro do País inteiro estiveram reunidos de 27 a 29/3 em Nazaré Paulista para o seminário nacional promovido pela Contraf-CUT, cujo tema é “Organização, Negociação e Ação Sindical”. O evento objetivou organizar as atividades de 2007 e preparar os sindicalistas para o processo de negociação e mobilização deste ano.
Os trabalhos foram abertos pelo presidente da Contraf-CUT, Vagner Freitas, que falou sobre a importância do seminário, principalmente agora que o ABN admitiu a possibilidade de vender o banco.
Todos os discursos destacaram a necessidade de organização nacional e internacional dos bancários do ABN, principalmente com a possibilidade de o banco ser vendido. As fusões e aquisições do sistema financeiro resultam em desempregos bancários. Aqui no Brasil, são 30 mil funcionários que estão preocupados com as negociações do banco. São 80 mil vidas, contando os familiares dos funcionários, que dependem direta- mente do trabalho do ABN.
No período da tarde, técnicos do Dieese apresentaram um estudo sobre os balanços do banco nos últimos anos.
Os bancários do ABN presentes no seminário ficaram chocados com a falta de respeito do banco. A diretoria da empresa foi convidada para fazer uma apresentação, já que um dos objetivos do evento é melhorar o processo de negociações entre as partes. Depois de confirmar presença, a direção do ABN simplesmente não compareceu ao seminário.
Segundo a diretoria, seus representantes deixaram de comparecer devido ao “terrorismo” que a Contraf-CUT estaria fazendo com os funcionários do ABN por causa da provável venda do banco. Eles disseram que a diretoria teve de ‘apagar diversos incêndios’ nos locais de trabalho porque os sindicatos estão assustando os bancários.
A atitude é lamentável, porque ao invés de investir num processo de negociação madura, o banco mostra uma inabilidade para se relacionar com o movimento sindical muito grande.