Os convidados traçaram um panorama da crise de uma maneira geral e falaram da situação específica dos respectivos planos que representam. Francisco José, representante da Capef, falou que o desempenho do plano foi positivo, apesar de o plano também ter sofrido com a crise. Já Marcelo Alcântara, representante da Cabec, afirmou que, por ser um plano atípico das outras entidades, já que o BEC foi privatizado e passou a pertencer o Bradesco, o plano sofreu de forma atípica também com a crise. Ele tirou muitas dúvidas dos ex-becistas durante o debate.
“Se no momento que o funcionário resolver se aposentar, as reservas do fundo de pensão a que pertencem forem menores, é claro que ele vai receber um benefício menor e isso é o que está acontecendo no mundo hoje com relação aos fundos de pensão”, explicou Ricardo Sasseron. De acordo com ele, a recuperação do salário mínimo e a consolidação da economia brasileira foi o que garantiu o bom desempenho do Brasil durante o ápice da crise.
Para o representante da Funcef, Bráulio de Carvalho, uma das vantagens do Brasil é o controle que o governo exerce sobre o sistema financeiro nacional. Além disso, os fundos de pensão têm cerca de 80% de suas aplicações em renda fixa (títulos do governo), o que deu mais estabilidade aos fundos brasileiros, apesar da rentabilidade da maioria deles ter caído em 2008. “Por isso, é importante que os participantes acompanhem as gestões e as aplicações dos fundos de pensão a que pertencem. Os fundos são um patrimônio do participante e ele tem que buscar a defesa de seu patrimônio”, afirmou.