Buscar alternativas contra a violência. Esse é o principal objetivo do seminário “Segurança pública, cidadania e segurança bancária”, que acontece dia 14/6, com a participação do secretário de Segurança Pública Roberto Monteiro, o deputado estadual Nelson Martins (PT/CE) e o secretário geral da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro. O evento, aberto ao público, ocorrerá no auditório do Hotel Olympo (Av. Beira Mar, 2380 – Meireles), às 8h30.
Nos últimos tempos, a violência tem cada vez mais se tornado parte do cotidiano da sociedade. Casos de seqüestro, assaltos à mão armada, latrocínio, as chamadas “saidinhas bancárias” tornaram-se tão freqüentes que nem chamam mais a atenção da população. “O tema da violência têm invadido a vida do cidadão e está sempre em destaque na mídia, mas nem sempre da forma mais adequada. Queremos nesse seminário alertar para as diversas formas de violência e buscar alternativas de combatê-las”, afirmou o assessor político do Sindicato dos Bancários, Vicente Flávio.
De acordo com dados da Organização das Nações Unidas (ONU), a violência no País surge como um fator que atinge um número cada vez maior de cidadãos e viola os direitos humanos das formas mais diversas. Os homicídios de adolescentes entre 15 e 19 anos aumentaram quatro vezes nas últimas duas décadas, atingindo 7,9 mil em 2003, segundo declarou o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), na contribuição para o levantamento da ONU.
Segundo o parecer, o número total de assassinatos no Brasil por ano chegaria até 50 mil e a violência seria principal causa de morte para cidadãos entre 15 e 44 anos. Impunidade, guerra entre gangues e violência policial estão entre os principais fatores desses índices. Para a ONU, uma das formas de atacar a violência seria a reforma urgente do sistema judiciário, o que contribuiria para lidar com a impunidade e corrupção.
FORTALEZA – O índice internacional para medir a violência é a quantidade de assassinatos por 100 mil habitantes. A situação de Fortaleza vem piorando ao longo dos anos, pois a cidade ocupa hoje a 19ª posição entre as capitais brasileiras com mais homicídios/ano. Seu índice é de 32,7 homicídios por cada 100 mil habitantes.