Sindicalistas realizam ato e almoço social no ?Bradescão?

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Dirigentes de vários sindicatos e centrais sindicais, bandinha, a bateria do Cordão Princesa no Frevo, palhaços, emboladores e muito, muito barulho. Foi assim que o Sindicato dos Bancários do Ceará, contando com a solidariedade de todo o movimento sindical e social cearense, entraram na agência do Bradesco da Rua Senador Alencar, sede da gerência regional do banco, no Centro de Fortaleza.


“A nossa manifestação é pacífica. Estamos aqui fazendo todo esse barulho para ver se o Bradesco nos escuta. Esse é o nosso recado ao banco contra o assédio moral, às más condições de trabalho, às demissões e em defesa do direito de greve”, afirmou o diretor do Sindicato e funcionário do Bradesco, Gabriel Motta.


Durante todo o dia, os manifestantes permaneceram na agência com o objetivo de protestar contra a atitude anti-sindical do Bradesco que, já no 1º dia da greve, entrou com um interdito proibitório para tentar barrar o movimento.


“Que tipo de democracia é essa que cercea o trabalhador de seu direito de greve, de lutar por seus direitos de forma legal. Essa manifestação é um repúdio ao Poder Judiciário, que parece estar conivente com os banqueiros”, indignou-se a presidente do Sindicato dos Jornalistas do Ceará, Deborah Lima, ao falar sobre os interditos proibitórios que são usados, arbitrariamente, para barrar a greve nos bancos privados. “O Bradesco é o banco que mais demite, não respeitando os trabalhadores. Além disso, todos os anos, é sempre o primeiro a lançar mão do interdito. O Sindicato está aqui para mostrar ao Bradesco que esses bancários daqui têm quem os represente e quem lute por eles”, completou o diretor do SEEB/CE e funcionário do banco, Telmo Nunes.


Ao meio-dia foi servido aos manifestantes um almoço social e todos fizeram suas refeições no pátio da unidade.


“Nós somos solidários aos companheiros que estão trabalhando, sabemos que podem perder o emprego, por isso chamamos todos os movimentos sociais, do campo e da cidade, para participarem dessa mobilização pelo direito de greve. A direção do banco faz movimento para diminuir PLR e é um absurdo que os trabalhadores bancários não tenham o direito de fazer greve”, disse o presidente do Sindicato, Carlos Eduardo Bezerra.