SINDICATO ALIA-SE À CLASSE POLÍTICA E ARTÍSTICA NA LUTA PELO RETORNO DAS ATIVIDADES DO CENTRO CULTURAL BNB

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O Sindicato dos Bancários do Ceará participou de audiência pública na Assembleia Legislativa, no último dia 10/7, sobre o corte de verbas para atividades culturais do Centro Cultural Banco do Nordeste. A audiência foi requerida pelo deputado Elmano Freitas (PT) após solicitação de representantes da classe artística local, tendo à frente os cantores e compositores Calé Alencar e Mona Gadelha.


A direção do BNB esteve representada no evento por Jeânia Gomes e Franzé Silveira, ambos funcionários da Direção Geral da Instituição. O movimento sindical e associativo foi representado na ocasião pelo Diretor do Sindicato dos Bancários do Ceara, Océlio Silveira, e pela presidente da Associação dos Funcionários do BNB (AFBNB), Rita Josino. Prestigiaram ainda o evento os secretários de Cultura de Fortaleza, Gilvan Paiva, e do Estado do Ceará, Fabiano Piúba.


Ao final da audiência ficou definido que o BNB vai formar um grupo de trabalho para retomar o diálogo sobre a continuidade da programação dos centros culturais do Banco do Nordeste (CCBNB). As reuniões devem começar já nesta semana, no CCBNB Fortaleza. O GT deve responder, dentre outros pontos, o motivo do corte de recursos e do cancelamento da programação e quanto a “reorganização” pretendida pelo Banco, além de trabalhar para garantir o orçamento dos três equipamentos e a retomada das atividades de todos os trabalhadores dispensados.


As três unidades dos CCBNBs, em Fortaleza, Juazeiro do Norte e Sousa (PB) foram afetadas pelo cancelamento da programação, no fim do último mês. Após manifestações da classe artística, a programação de julho foi retomada em Fortaleza, mas com redução no cronograma original. Os equipamentos existem há mais de duas décadas.


“A permanência dos Centros Culturais é a certeza da continuidade da política de valorização e incentivo da arte e da cultura regionais, na medida em que abre oportunidades para revelar talentos. Além de incentivador das atividades de cultura, os Centros Culturais do BNB também fortalecem a economia local. Só no Cariri, o CCBNB responde por cerca de R$ 1 milhão por ano, fruto de sua programação recheada de atrativos, cujo público médio chega a alcançar 700 pessoas por dia. Não há política cultural sem esses equipamentos que, com muita dificuldade, foram construídos com recursos públicos do nosso povo”
Océlio Silveira, diretor do Sindicato e funcionário do BNB