Sindicato cobra apuração de denúncias de corrupção no BNB

68

Em meio a uma greve extremamente difícil, onde os trabalhadores bancários lutam aguerridamente por melhores salários e condições de trabalho, a administração do BNB vê-se envolta em graves denúncias de corrupção e desvio de dinheiro do FNE e PRONAF em benefício de empresários vinculados a grupos políticos do Ceará e do Nordeste.


As denúncias estão no âmbito da Promotoria Geral de Justiça e Ministério Público Estadual e Federal e baseiam-se – segundo documento encaminhado pelo Promotor Geral de Justiça no Ceará ao Presidente do BNB – em provas bastante alentadas e de conteúdo deveras comprometedor. O Sindicato dos Bancários do Ceará, ao tempo em que luta com afinco por resultados dignos para os benebeanos nas mesas geral e específica de negociação, pugnando por aumento real de salário, PLR condizente com os altos lucros do sistema financeiro, isonomia e PCR justo, vê-se também no direito de engrossar o coro daqueles que querem um BNB voltado à correção das desigualdades e não enlameado por denúncias de malversação de verbas publicas.


É do conhecimento de todos o sonho dos burocratas de Brasília pelo fim do BNB. Este desejo só não é maior que a ganância de grupos políticos e empresariais nordestinos que mamam há mais de cinco décadas nas tetas do BNB. Os funcionários da Instituição, representados pelo seu Sindicato, repudiam tanto uma situação como a outra.


A defesa que fazem coincide com os anseios da sociedade, mantenedora, em última instância, do BNB. Defendem um Banco do Nordeste livre das interferências politiqueiras que hoje dominam a empresa, através do apadrinhamento político que sangra os cofres da Instituição e desmoraliza a sua cultura ética e disciplinar.


O Sindicato dos Bancários do Ceará está atento e não será condescendente com qualquer desvio de conduta de administradores do Banco, ainda mais quando estes integram os seus quadros de associados e têm também a obrigação de zelar pelo nome de sua entidade classista.


Também não fará julgamentos precipitados nem queimará na fogueira da inquisição qualquer ser humano sob acusação, mas que ainda não tenha sua culpabilidade apurada e comprovada. Assim agindo, busca manter sua tradição de seriedade e reforçar sua credibilidade perante seus representados.