Sindicato cobra posição do BNB sobre reintegração dos demitidos na Era Byron

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O Sindicato dos Bancários do Ceará está cobrando da direção do Banco do Nordeste do Brasil (BNB) uma posição oficial sobre o caso da reintegração dos demitidos da Era Byron. Na última rodada de negociação entre a Contraf-CUT, assessorada pela Comissão Nacional dos Funcionários do BNB (CNFBNB), e a direção do Banco, no dia 19/2, foi entregue um documento cobrando uma posição do Banco sobre a reintegração. O diretor de Administração e TI, Cláudio Freire, informou que o assunto estava sendo tratado em nível de governo.


Entretanto, em reunião anterior realizada em setembro do ano passado, entre o diretor e a Comissão dos Demitidos, tendo a frente o ex-funcionário do Banco, Souza Júnior, Cláudio Freire havia orientado que somente o Conselho de Administração do BNB poderia encaminhar à SEST (Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais) o pedido de autorização para assinar o Acordo. Sendo assim, a Comissão dos Demitidos procurou o presidente do Conselho, Ricardo Soriano, que informou que o Conselho somente poderia solicitar autorização da SEST após a Direção Executiva do BNB formalizar posição a respeito junto ao Conselho, ficando acertado que o chefe de gabinete da presidência faria esse encaminhamento junto ao Diretor de Administração do Banco.


“Já procuramos diversos parlamentares. Já tivemos reunião com representantes da SEST, com o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, e até mesmo com o presidente do Senado, Eunício Oliveira. Quem do governo deveríamos também procurar além do ministro do Planejamento, a quem se subordina a SEST? Michel Temer?”, questiona Souza Júnior.  Segundo ele, esta é uma luta que já dura mais de 15 anos, travada por 287 demitidos sem justa causa na Era Byron.


Souza Júnior informa ainda que existe um estudo técnico no ambiente de Gestão de Pessoas favorável à reintegração dos demitidos, realizado durante a gestão do então presidente Nelson de Souza, que apesar de ser favorável à reintegração não conseguiu implementá-la, talvez devido ao pouco tempo que ocupou a Presidência.

Esse estudo revela que o aumento da força de trabalho do BNB com a reintegração dos demitidos seria de 1,3%, enquanto o aumento do custo da folha salarial seria apenas de 0,8%.


“O Sindicato dos Bancários já apontou para a direção do BNB qual a saída para a reintegração sem geral qualquer insegurança jurídica. Basta atender a cláusula de reintegração que há 15 anos consta da mesa de negociação e incluí-la no Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) que é pactuado periodicamente. Isso já foi feito pelas entidades sindicais com relação aos demitidos no governo Collor”
Tomaz de Aquino, diretor do Sindicato e coordenador da CNFBNB