No próximo dia 21 de fevereiro, o Sindicato dos Bancários do Ceará completará 81 anos de existência. Ao longo de todas essas décadas, os bancários do Ceará lutaram em defesa dos direitos da categoria e em prol da sociedade brasileira. De forma combativa e independente, a entidade escreve a sua história e se consolida como referência na forma de fazer sindicalismo.
A atual capacidade de organização da categoria bancária é fruto de uma longa trajetória de resistência aos ataques patronais. Os percalços fizeram os bancários aprenderem a importância da unidade, tendo o Sindicato o papel de orquestrar as mobilizações e estar à frente de greves e negociações. O resultado são conquistas históricas.
Em 1934, por exemplo, o movimento grevista arrancou a jornada de seis horas de trabalho. Já em 1985, ocorreu a primeira grande greve nacional da década, que consegue unificar a data-base dos bancários. Outras conquistas, como a primeira assinatura da Convenção Coletiva de Trabalho em 2002, seguiram-se desde então em decorrência da forte mobilização nacional dos bancários. No Ceará, o Sindicato participou ativamente desses processos.
A atuação do Sindicato não se pauta somente nos interesses da categoria. Como agente político, a entidade sempre foi grande defensora de bandeiras sociais e do fortalecimento da democracia, contribuindo para a luta pelo fim das desigualdades e por melhorias na educação, saúde e segurança.
Desde 1933, ano de sua fundação, o Sindicato testemunhou momentos importantes da história do Brasil: golpes de Estado, planos econômicos e projetos políticos perversos, suicídio, renúncia e impeachment de presidentes da República. Ainda sofreu três intervenções: a primeira durante o Estado Novo (1937-1945) e duas vezes no período da ditadura militar (1964-1985). A força da categoria garantiu a sobrevivência da entidade sempre de forma vitoriosa e solidária com a unidade da classe trabalhadora.
São 81 anos dignos de orgulho e cada trabalhador bancário faz parte disso. É preciso que este momento de comemoração sirva também de reflexão sobre o que já foi conquistado e sobre o que ainda é preciso correr atrás. O que constrói e sustenta as nossas conquistas é a participação efetiva da categoria. Que venham mais lutas e muitas vitórias para continuarmos a escrever outros capítulos dessa história.