Sindicato conquista melhores condições para Avaliadores de Penhor da Caixa

67


Em assembleia realizada no dia 30/8, convocada pelo Sindicato dos Bancários do Ceará, os avaliadores de Penhor da Caixa Econômica Federal, acataram a proposta da empresa feita na ação coletiva ajuizada pelo SEEB/CE, contra os equipamentos de proteção irregulares fornecidos e guichê improvisado. Segundo eles, ofereceram um voto de confiança à Caixa, que afiançou que o equipamento espectômetro será capaz de oferecer um serviço eficaz e seguro na fiel identificação das peças dadas em garantia dos empréstimos.


Na proposta, a Caixa promete que os equipamentos irregulares serão retirados e os guichês serão submetidos a estudos ergonômicos e corrigidos.  E que o serviço de avaliação de joias da Agência Pessoa Anta será reaberto, com a implantação de um espectômetro de massa para analisar as peças em substituição aos ácidos.


Os três avaliadores que atenderam à convocação do Sindicato informaram não terem recebido treinamento com os espectômetros, nem com eles trabalharam.


O Departamento Jurídico do Sindicato esclareceu que qualquer funcionamento indevido dos espectômetros, que leve a prejuízos, será de responsabilidade única da Caixa, que implantou o equipamento contrariando a opinião técnica da Associação Nacional de Avaliadores.


Os avaliadores denunciaram nessa assembleia a manobra da segurança do trabalho da Caixa, que reeditou Ordem de Serviço para segurança do trabalho de 2014 intempestivamente. Tal reedição obriga os Avaliadores a utilizarem na banca, equipamentos de proteção próprios para transbordo e composição química de soluções ácidas, quais sejam: óculos, avental, máscara, quando para  o trabalho na banca de avaliação, a Caixa sempre determinou apenas luvas, exaustor e lava-olhos. Ou seja, equipamentos que seriam utilizados durante cinco, dez minutos, estariam agora – desnecessariamente – sendo utilizados durante seis horas em sucessivos “bota e tira”, perante o cliente, insuportáveis para o Avaliador.


Os avaliadores consideram que o SESMT da Caixa deveria atuar sempre objetivando a segurança do trabalhador, e nunca apelando para manobras e artifícios que possam vir a coagir e pressionar os avaliadores a aceitarem um equipamento novo oferecido, sob pena de trabalhar com tal parafernália no cotidiano.