Sindicato contesta reajuste das mensalidades e exige participação na diretoria executiva da caixa

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O Sindicato dos Bancários do Ceará questionou na última quinta-feira, dia 17/1, em reunião com o diretor administrativo do Banco do Nordeste do Brasil (BNB), Nelson Antônio de Sousa, o recente reajuste nas mensalidades e serviços da Camed. Presente também, pelo Banco, o diretor Luís Carlos Everton, designado Presidente do Conselho Deliberativo da Caixa de Assistência.


De acordo com o Banco, o reajuste foi necessário para a própria funcionalidade do plano, que está deficitário. Entretanto, o Sindicato considera que o reajuste de 15,47% no Plano Natural poderia ser bem inferior se fosse levado em conta o estudo concluído em abril de 2011 pelo GT Camed que aponta várias alternativas para uma gestão mais funcional para a caixa de assistência.


Além disso, a entidade reforçou a reivindicação para que fosse indicado um representante eleito dos trabalhadores para a direção executiva da Camed, como forma de tornar mais transparente o plano de auto-gestão, além de garantir a defesa dos interesses dos funcionários da ativa e aposentados. Para Tomaz de Aquino, diretor do Sindicato presente à reunião, “tivéssemos um diretor executivo eleito, a Camed certamente teria sido denunciada por implantar em 2011, quando já ostentava sério desequilíbrio financeiro, novo plano de cargos de funcionários que aumentou em R$ 600 mil por mês as despesas administrativas da caixa segundo consta no voto do conselheiro deliberativo eleito, José Nilton Fernandes, ao se posicionar contra o reajuste abusivo”.


“A nossa reivindicação é de que o reajuste das mensalidades ficasse de acordo com o reajuste da categoria, para os funcionários da ativa, e o concedido pela Capef, para os aposentados. Além disso, queremos reforçar a importância do trabalho realizado pelo GT Camed em 2011 e cobramos que este mesmo trabalho seja aproveitado pelo Banco, pois traz contribuições fundamentais para a melhoria da Camed”, esclarece Tomaz de Aquino que aponta ainda que, medidas outras, que reduzissem as despesas administrativas da Camed, poderiam aliviar a situação financeira do plano, sem onerar de tal forma os associados.


Dentre as alternativas apontadas pelo estudo do GT Camed estão a adoção da política severa de redução de despesas administrativas; revisão da política comercial da Camed Vida; intensificação das ações no sentido da redução da sinistralidade; retomada do financiamento de tratamentos não amparados pelos planos de autogestão; aumentar o nível de participação financeira do Banco; criar fundo  para amparar associados impossibilitados de custear tratamentos sem cobertura obrigatória; redefinir as metas de lucratividade para as empresas do grupo; intensificar os programas de saúde preventiva, entre outros.