Sindicato continua cobrando saída de diretores e repudia aumento da remuneração da Diretoria

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Sete meses após a divulgação de denúncias sobre corrupção no BNB, publicadas pela grande imprensa nacional, o Sindicato dos Bancários do Ceará continua cobrando do Governo e autoridades competentes a saída de todos os diretores remanescentes da gestão Roberto Smith. O SEEB/CE está reenviando ao Gabinete da Presidente Dilma pedido de afastamento dos diretores, acrescido de solicitação de esclarecimento sobre reajuste de 87,5% na remuneração do presidente e dirigentes do Banco.


O Sindicato quer que o Governo explique porque, em causa própria, os antigos diretores, todos funcionários de carreira, e os nomeados no final do ano passado estão propondo ao Ministério da Fazenda a elevação de seus proventos para patamares entre R$ 60 mil (para o presidente) e R$ 50 mil (para diretores), segundo noticiou o blog do jornalista Roberto Moreira.


A proposta soa indecente, principalmente quando a diretoria do Banco se apresenta aos funcionários com discurso moralizador, de redução de custos, que teve como consequência a demissão de mais de 600 terceirizados só na Direção Geral e aponta na perspectiva de uma reestruturação que segundo se especula poderia reeditar os tenebrosos anos da administração Byron Queiroz.


O Sindicato não aceitará a reedição de uma nova “onda” neoliberal no BNB, quando centenas de colegas foram transferidos e demitidos arbitrariamente. Fortalecido pela experiência, lutará ferrenhamente na defesa dos direitos de seus associados e continuará cobrando a apuração das denúncias de fraudes envolvendo antigos administradores da empresa que ainda permanecem nas funções. Além disso, posiciona-se claramente contra o festival de nomeações de assessores especiais da Presidência e a majoração dos valores recebidos pelos diretores e presidente, pois considera um acinte ao funcionalismo que há anos luta por uma revisão do Plano de Cargos e Funções, por reajuste salariais que reponham perdas, por uma PLR maior e mais justa, por aposentadoria digna e pelo recebimento de passivos trabalhistas, dentre outros direitos.