Sindicato denuncia assédio moral na agência Edson Queiroz

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A política nefasta do assédio moral pelo cumprimento de metas atinge mais uma unidade da Caixa Econômica Federal – a agência Edson Queiroz, cujos gestores estão de chicote nas mãos. Para denunciar isso, o Sindicato dos Bancários do Ceará realizou na quinta-feira, dia 10/4, uma manifestação de protesto e de alerta contra o assédio moral naquela agência, localizada na Avenida Washington Soares.


O Sindicato decidiu fazer a manifestação após receber denúncias de empregados da unidade. De acordo com os bancários, eles são obrigados a trabalhar além do horário, sem receber hora extra e ainda são obrigados a oferecer produtos aos clientes, como capitalização, seguros etc.


“Nós estamos aqui para protestar, para denunciar essa situação. Exigimos uma mudança de postura da gerência diante das denúncias. Hoje, há um déficit muito grande de empregados, muito embora exista um esforço dos colegas para atender bem os clientes com satisfação”, disse Túlio Menezes, diretor do SEEB/CE.  Segundo o dirigente sindical, “se a demanda da agência é grande e não há condições de atender essa demanda dentro do horário, que se façam mais contratações. Assédio moral e extrapolação de jornada nós não vamos admitir e vamos denunciar todas as vezes que for necessário”, avisou.


Para o diretor do Sindicato, Jefferson Tramontini, a falta de funcionários é porque a Caixa resolveu pisar no freio nas contratações de novos empregados. “Sabemos que as Superintendências tem feito rodízios com os empregados, com pessoal de retaguarda, gerentes e supervisores. Simplesmente para deixá-los com medo, para forçá-los a bater as absurdas metas. Nesse ato de protesto, o Sindicato veio dizer que está junto dos trabalhadores, e que assédio moral é crime e não será tolerado”, completou.


“Assédio moral é uma prática comum nos bancos privados, mas a Caixa é banco público, de fomento, de desenvolvimento. Não pode atuar como os bancos privados. Se a Caixa trabalha visando lucro, deixando seus empregados doentes para cumprir metas, então essa não é a Caixa que a sociedade defende. Nós queremos uma Caixa dinâmica na construção de um País melhor”, defendeu o diretor do Sindicato, Robério Ximenes.


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O Sindicato alerta: se o assédio continuar, a agência vai fechar. A Caixa tem que contratar mais trabalhadores, pagar as horas extras, parar com a prática de assédio moral e com o rodízio, quando manda bancários para outras unidades para cumprir metas e garantir a função do gerente”
Jefferson Tramontini, diretor do Sindicato e empregado da Caixa