Sindicato denuncia: mais de 40% dos funcionários sofrem assédio moral no BB de Messejana

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Na quarta-feira, dia 27/6, o Sindicato dos Bancários do Ceará realizou ato na agência do Banco do Brasil de Messejana para denunciar a prática disseminada de assédio moral no local. O Sindicato irá formalizar a denúncia à Superintendência do banco e ao Ministério Público para que o quadro seja revertido. Um estudo encomendado pelo Sindicato comprovou as denúncias e apontou que mais de 40% dos funcionários da agência relatam humilhações e agressões pelo menos uma vez por semana do seu superior imediato. O protesto contou com a presença de diretores do SEEB/CE e integrantes do movimento sindical nacional.


Há mais de um ano, o Sindicato apura e acumula denúncias de assédio moral na agência, mas os órgãos responsáveis pela questão não cumpriram o seu papel. “O Banco do Brasil, na figura do órgão da Gestão de Pessoas, da Superintendência de Varejo, da Diretoria de Varejo, da Gerência Regional de Varejo e da Gerência da própria agência não tiveram a capacidade, a competência e a habilidade de resolver o problema e garantir um ambiente saudável nas relações com o seu funcionalismo. O cotidiano do bancário aqui é o cotidiano da tarja preta, do adoecimento, da humilhação e do desrespeito”, denuncia Carlos Eduardo Bezerra, presidente do SEEB/CE.


Diante da gravidade da situação, o Sindicato encomendou uma pesquisa com a professora Regina Maciel, pesquisadora da Universidade Estadual do Ceará (UECE) e especialista em distúrbios emocionais relacionados ao trabalho, como o assédio moral. O estudo comprovou as denúncias e apontou que mais de 40% dos funcionários da agência relatam humilhações e agressões pelo menos uma vez por semana do seu superior imediato.


Com o relatório da pesquisa em mãos, o Sindicato o encaminhará aos órgãos competentes da instituição. “Os funcionários do BB não podem ficar reféns dessa política extremamente deletéria, desrespeitosa e humilhante que tem assolado a sua condição de saúde, principalmente na questão emocional. Com posse desse relatório, o banco ainda pode ter a oportunidade de tomar uma medida ética e coerente com os normativos da empresa”, afirma Carlos Eduardo, acrescentando que o Sindicato também irá formalizar a denúncia junto ao Ministério Público.


O movimento sindical exige que o Banco do Brasil cumpra a lei, siga as normas internas e respeite o Acordo Coletivo de Trabalho, que garantem proteção e apuração nesses casos de assédio moral. “Estamos trazendo essa denúncia, com a presença do movimento sindical nacional e com a unidade dos bancários, para que a questão seja denunciada em Brasília, na Direção Geral do Banco do Brasil também”, finaliza o presidente Carlos Eduardo.