Segundo o diretor Gustavo Tabatinga, a funcionária realizou a operação por telefone e foi questionada pelo dono da conta, que depois negou ter contratado o empréstimo. Como o contato não foi presencial, o cliente não formalizou a operação com a sua assinatura e, consequentemente, a funcionária não teve como comprovar a solicitação. “Agora, o banco está cobrando explicações dela sobre o motivo da operação ter sido questionada”.
Tabatinga destaca ainda que as ligações não são gravadas, o que agrava as irregularidades diante das normas. “Sem assinatura do cliente para comprovar o crédito e sem arquivo digital com a voz dele, não tem nada que comprove que o cliente solicitou aquela operação de crédito, absolutamente nada. E o banco transfere o risco da atividade econômica para o funcionário, quando na verdade deve ser da própria empresa. Se houver qualquer problema, o funcionário será responsabilizado”, afirma, caracterizando a situação como “de extremo risco”.
Em novembro do ano passado, o Sindicato presenciou outras irregularidades na mesa de crédito, localizada na Superintendência do BB, em Fortaleza. Em visita ao prédio, diretores constataram flagrante desrespeito aos funcionários convocados para o trabalho, como ambiente sem ar-condicionado e falta de equipamentos adequados para o atendimento telefônico. Além disso, o Sindicato tem conhecimento de que funcionários estão trabalhando aos sábados sob a pressão do cumprimento das metas.
“O funcionário não está obrigado a descumprir as normas internas, mesmo que a pressão do gerente seja grande. Se determinada prática não está prevista nos normativos internos, o funcionário não está obrigado, mesmo se coagido, a descumpri-las”, diz o diretor Tabatinga. A orientação do Sindicato é que os funcionários não assumam riscos, cumpram os normativos e, se for necessário, procurem a entidade para que sejam tomadas as providências cabíveis – que podem ser desde reuniões nos locais de trabalho até denúncias aos gerentes adeptos de práticas irregulares.
Para denunciar ao Sindicato qualquer tipo de abuso e irregularidade nas agências do Banco do Brasil, os funcionários devem procurar os diretores:
José Eduardo (85) 9155 8330
Bosco Mota (85) 9155 4822
Gustavo Tabatinga (85) 9153 1235
Carlos Eduardo (85) 9155 4439
Plauto Macedo (85) 9155 5945