Sindicato denuncia práticas antissindicais no Bradesco durante a greve

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O Sindicato dos Bancários do Ceará, em meio às atividades de greve da categoria, denuncia abusos por parte de gerente de agência e por policial militar. Os abusos, ou práticas antissindicais, foram praticadas no Bradesco. Na agência da Washington Soares, o gerente desrespeitou os dirigentes sindicais que faziam esclarecimentos à população, além de furar o movimento,  promovendo atendimento a algumas pessoas por ele escolhidas. Na agência de Messejana, o abuso foi de um policial, que agrediu uma dirigente sindical.


Em Messejana – Na manhã terça-feira 25/9, uma diretora do Sindicato e um delegado sindical estavam na sala do autoatendimento da agência para esclarecer a população sobre a greve, a pedido da própria gerência. Por volta das 11 horas, dois policiais militares entraram, foram informados sobre a paralisação, mas não foram barrados, já que é praxe permitir a entrada de policiais que fazem ronda na região. O Sindicato enviou na quarta-feira, 26/9, documento para a Ouvidoria da PM relatando o caso e exigindo providências.


“Primeiro, ele começou a dizer coisas do tipo: ‘Com essa farda eu tenho poder, eu posso entrar em qualquer lugar do Ceará, vocês não podem fazer nada’. Depois ele entrou e, na saída, passando entre nós, deu uma cotovelada no abdômen do delegado sindical e um soco no meu ombro”, conta a diretora, cujo ombro atingido é recém-operado, agravando a situação. O Sindicato condena a omissão da gerência e a violência gratuita do policial.


No Edson Queiroz – O Sindicato também protestou na agência Bradesco – Edson Queiroz cujo gerente, Francisco de Assis Firmino Sampaio, abriu a unidade, furando o movimento grevista. Sampaio atendia só alguns clientes de sua escolha e incitava o restante contra o Sindicato, aconselhando inclusive que a população chamasse a polícia para os sindicalistas. Além disso, o gerente desrespeitou os dirigentes sindicais que faziam esclarecimento aos bancários e clientes.