Nessa reestruturação há total desrespeito pela importância que os bancários da Caixa têm como profissionais determinantes para a mudança dos rumos do País. Para que a política implantada por Collor e FHC fosse banida, elegemos um governo com diálogo e respeito pelos trabalhadores, mas o que vemos é uma contradição: num ano de campanha e de eleição, a direção da Caixa lança um pacote de maldades para prejudicar os empregados.
Foram feitas extinções de setores e os empregados não sabem para onde irão. E pior, cada um tem que sair à procura de unidade para sua lotação. Essa mudança brusca e arbitrária na vida dos empregados foi motivo dos muitos protestos feitos pelos diretores do Sindicato dos Bancários do Ceará durante o ato do dia 31/3, no Edifício Sede.
Denuncia o diretor do SEEB/CE, Marcos Saraiva: “exigimos respeito e dizemos não ao desmonte, não à privatização. A truculência e covardia dessa reestruturação atingem muitos trabalhadores, eles que fizeram a recuperação dos créditos da Caixa Econômica Federal e hoje tão tratados como produto descartável. Queremos ser tratados com dignidade, respeito e transparência”.
Para o presidente da APCEF, Laércio Alencar, “a presidente da empresa, Maria Fernanda, está traindo a categoria, quando não apresenta a reestruturação às entidades representativa dos empregados e, na surdina, lança um pacote que desestrutura a vida dos bancários da Caixa”.
Elvira Madeira, diretora do Sindicato, enfatiza que “Fora Fernanda porque ela já fez parte do movimento sindical e hoje é traidora dos empregados da Caixa. Nosso protesto é pela extinção de muitos setores, que são importantes para políticas do governo, como Minha Casa, Minha Vida, o PAC e FGTS. Essa empresa tem empregado novo e antigo que merecem respeito. Nunca a Caixa tratou tão mal seus empregados, de forma tão desrespeitosa”.
Para o empregado John Kennedy, o clima organizacional é de medo. O temor, segundo ele, é porque essa reestruturação mexe com a vida profissional do trabalhador. “A tristeza e a decepção são grandes”. Outro empregado, Ednardo, denuncia que o clima na Caixa lembra a era do governo FHC, quando todos viviam inseguros. Por isso, Ednardo conclamou a que todos passem emails para a direção da Caixa para protestar. “Nosso protesto é principalmente pela forma como está sendo conduzido esse processo, sem transparência e sem negociação com os trabalhadores”, concluiu.