Sindicato dos Bancários manifesta apoio à luta dos trabalhadores do MST

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Como parte da programação da Jornada Nacional de Luta pela Reforma Agrária, os membros do MST cearense ocuparam o prédio do Dnocs e da Superintendência da Caixa Econômica Federal, em Fortaleza, no último dia 23/8. O Sindicato dos Bancários do Ceará esteve presente às duas ocupações levando apoio ao MST. Representando o SEEB/CE, os diretores Luís Roberto Félix (Bebeto), Áureo Júnior, Bosco Mota, Aílson Duarte e Plauto Macedo, manifestaram apoio à reivindicação dos trabalhadores rurais. Os diretores exaltaram a luta dos trabalhadores: “se não fosse vocês, com a mão calejada, o povo não comeria”.


A palavra de ordem, segundo o MST, é cobrar dos governos federal e estadual celeridade nos processos de reforma agrária, infraestrutura para reassentamentos atingidos pelo inverno e renegociação de dívidas rurais. A luta também é contra o uso de agrotóxicos.


Segundo Marcelo Matos, da Via Campesina, o grupo quer abrir uma negociação com o diretor-geral do Dnocs, Elias Fernandes e com a superintendência estadual da Caixa. Um grupo do Batalhão de Choque acompanhou o protesto de longe e a AMC deu apoio aos acampados, que fecharam a Avenida Santos Dumont, na Aldeota.

LUTA UNIFICADA – A coordenadora do MST no Ceará, Maria de Jesus, disse que o ato do dia 23/8 fez parte de uma luta unificada do MST, do Movimento dos Pequenos Agricultores e Movimento dos Atingidos por Barragem e Via Campesina, reunindo cerca de 1.500 pessoas.


A iniciativa fez parte da Jornada Nacional de Luta pela Reforma Agrária e que concentrou em Brasília, mais de cinco mil agricultores. A coordenadora disse à Tribuna Bancária que uma das pautas de reivindicação dos trabalhadores no Ceará é a construção de casas para 850 famílias que foram atingidas pelas águas da Barragem do Castanhão.


Maria de Jesus disse ainda que os trabalhadores também pedem a implantação de Projetos Produtivos e mais agilidade na reforma agrária. A coordenadora relatou ainda que na cidade de Icó/CE, a luta é pela reativação do Perímetro Irrigado Lima Campos do Dnocs, inativo há 37 anos. Outra reivindicação, segundo ela, é a Reforma Agrária Irrigada nos assentamentos Bernardo Marinho II, em Russas, e Bom Lugar, de Icó.