Os funcionários do Banco do Brasil do interior do Estado têm enfrentado problemas na realização dos Exames Periódicos de Saúde (EPS). Dentre as principais dificuldades que os trabalhadores encaram estão a pouca disponibilidade de médicos em algumas localidades, o consequente deslocamento para a capital e a falta de esclarecimentos por parte da Cassi e do banco em relação ao assunto.
Anualmente, o funcionário do BB tem o direito de fazer o EPS, que visa identificar precocemente problemas de saúde que possam estar ou não relacio-nadas ao exercício do trabalho. O Exame é realizado em duas etapas: Clínica e Complementar. Na primeira, a Caixa de Assistência envia à agência um médico para avaliar as condições de saúde geral e específica (relacionadas ao posto) do trabalhador. Já na segunda, são feitas consultas mais complexas que dependem da idade e do sexo da pessoa, como mamografia e papanicolau. E é exatamente este último processo que vem causando inúmeros transtornos.
Como, geralmente, as cidades do interior não possuem esses tipos de profissionais, o funcionário se vê obrigado a procurar médicos em outras regiões, como Fortaleza. Os gastos com transporte, alimentação e hospedagem deveriam ser ressarcidos, mas em alguns casos, nem a Cassi nem o Banco do Brasil tem se posicionado adequadamente. Uma bancária de uma agência do interior, por exemplo, que teve que vir a capital realizar exames ginecológicos, disse que chegou a gastar R$ 200,00 do próprio bolso em todo o processo. “Cheguei a ligar para a Cassi, para a Gepes e até para Brasília para tentar reaver o dinheiro, mas nada foi feito”, complementa.
Para evitar que situações como essa se repitam, o diretor do Sindicato dos Bancários do Ceará, Bosco Mota, explica que “os funcionários do BB do interior só se desloquem para fazer exames com autorização prévia do banco e da Cassi. São essas instituições que devem arcar com as despesas”. Para maiores esclarecimentos, ele pede que entre em contato com o Sindicato, através dos números (85) 3252 4266 ou (85) 9155 4822.