SINDICATO ESCLARECE ÚLTIMOS ACONTECIMENTOS SOBRE NEGOCIAÇÃO DA CASSI

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“O momento é muito delicado e é preciso unidade para que possamos construir uma solução viável para a nossa Cassi. Vamos continuar unidos e manter as atividades para construirmos um caminho que impeça a alienação da carteira da Cassi, e atenda os interesses dos associados”

José Eduardo Marinho, diretor do Sindicato e funcionário do BB


Apesar de todo esforço empreendido por Contraf-CUT, Anabb, AAFBB e FAABB, a inconsequente decisão da Contec de se retirar da mesa de negociação com a Diretoria Executiva da Cassi, anunciada no dia 9 de outubro, traz graves prejuízos para a construção de uma solução consensual para a Caixa de Assistência dos funcionários do Banco do Brasil.


A falta de uma proposta urgente para solucionar a situação da Cassi poderá resultar em uma possível alienação da carteira da Caixa de Assistência dos funcionários do Banco do Brasil.


Segundo o membro do Conselho de Usuários da Cassi/CE, José Valdir Maciel, esta não é a primeira vez que a Contec se exime das suas responsabilidades, prejudicando a luta do movimento sindical e, consequentemente, a categoria bancária.


Foram vários episódios em que a Contec se retirou da mesa e, no fim os funcionários do BB saíram prejudicados: em 1996/97, quando a Contec abandonou o processo de negociação com o BB. Naquela negociação, os representantes dos funcionários defendiam a aprovação de um acordo com o banco que garantisse a manutenção do PCS que tinha interstícios de 12% a cada três anos. A Contec se retirou do processo negocial e ajuizou dissídio no TST. O resultado foi que o funcionalismo perdeu o PCS. Dois anos depois, em mais uma campanha salarial, a defesa era por um acordo com o BB que garantisse a manutenção do anuênio, e a Contec mais uma vez abandonou o processo negocial, ajuizando dissídio no TST, e perdeu-se o anuênio, que garantia o reajuste automático de 1% ao ano. Em 2004, a Contec ajuizou o dissídio novamente e os funcionáros tiveram que aceitar uma proposta rebaixada e a compensação dos dias parados. Agora, a Contec desistiu mais uma vez e quer entregar a decisão para a ANS.


A saída da Contec dos debates, neste momento, provoca atraso na negociação, tendo em vista que a Cassi entendeu que uma proposta efetiva só poderá ser construída com participação e consenso de todas as entidades. A Contraf-CUT e a Comissão de Empresa dos Funcionários do BB (COE/BB) enviaram ofício ao Banco do Brasil, que aceitou negociar a partir da premissa presente na última proposta apresentada ao corpo social, que trata da contribuição por dependente.


As entidades representativas entendem que a cobrança de percentual por dependente equaliza o uso da Cassi e não representa quebra de solidariedade. Embora a Cassi tenha se recusado a negociar a proposta construída por um grupo de 26 pessoas que estavam presentes no Seminário de Saúde dos Funcionários do BB, as mesas de negociação com as entidades estavam acontecendo.


A intervenção da ANS e a iminente ameaça de alienação da carteira da Cassi são consequências da não aprovação da última proposta apresentada ao corpo social. Na ocasião, o voto “sim” pela aprovação, orientado pela Contraf-CUT, representou a maioria dos votos, mas não alcançou o quórum de 2/3 estabelecido no estatuto. A votação foi marcada por disseminação de desinformações e confusão em razão da votação referente à prestação de contas da Cassi.