Sindicato está de olho no horário estendido e exige respeito na marcação do ponto

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A ampliação do atendimento da Caixa Econômica Federal, que abre suas agências uma hora mais cedo desde o dia 23/4, acontece no momento em que a Contraf-CUT, sindicatos e federações, assessorados pela Comissão Executiva de Empregados (CEE/Caixa), estão intensificando a cobrança pela marcação correta da jornada de trabalho e pelo pagamento das horas extras trabalhadas, independente do cargo que o empregado ocupe.


Os trabalhadores não são contrários à ampliação do atendimento para a população. Historicamente, as entidades sindicais sempre defenderam medidas que visem assegurar um serviço de qualidade, como a extensão do expediente ao público, passando para das 9h às 17h, mas com dois turnos de trabalho e respeitando as particularidades de cada trabalhador.


A Caixa Econômica Federal ampliou o horário de atendimento das suas agências em uma hora, justificando que está abrindo mais cedo que o horário habitual para atender o aumento da demanda por conta das medidas adotadas pela empresa para baixar os juros e implementar novos programas de renegociação de dívidas. Este novo horário deve se estender até 11/5.

Repúdio – O diretor do Sindicato dos Bancários do Ceará, Marcos Saraiva, repudia a carga excessiva de trabalho, especialmente por conta do comunicado da empresa, informando que haverá expediente aos sábados, a qual os empregados serão submetidos. “Isso é um desrespeito à jornada de seis horas diárias, conquistada em 1985, após uma greve que mobilizou milhares de trabalhadores, entre outros problemas existentes nas unidades da Caixa”, disse.


Lembra Marcos Saraiva que a Caixa precisa preservar e respeitar os direitos dos empregados. Para isso, o dirigente sindical orienta os trabalhadores a marcar corretamente a sua jornada, tanto na entrada quanto na saída. Somente o registro correto garante o pagamento integral das horas efetivamente trabalhadas.


“O Sindicato irá tomar as devidas providências para garantir os direitos dos trabalhadores. Principalmente assegurar o direito dos que se sentirem prejudicados com a mudança no horário de atendimento ou sofram qualquer pressão para não registrar corretamente o ponto”, concluiu o dirigente sindical.