Sindicato faz caminhada no corredor bancário da Aldeota mobilizando a categoria

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O Sindicato dos Bancários do Ceará continua a divulgar a Campanha Salarial 2012 entre bancários e população. Na manhã de quinta-feira, dia 16/8, foi realizada uma caminhada pelo corredor bancário da Aldeota para mobilizar a categoria e esclarecer usuários e clientes sobre os “truques dos banqueiros”.


Foram visitadas agências do Banco do Brasil, Santander, Itaú, Bradesco, Banco do Nordeste, Caixa e Safra. Com cartazes, faixas, palhaços e o tema “Chega de truques, banqueiro”, os bancários convocaram todos a entrarem na luta por um sistema financeiro mais justo e menos explorador. Melhores salários, mais contratações, fim das metas abusivas, mais segurança fazem parte da palavra de ordem diária da categoria.


O desenrolar das primeiras negociações dá sinais de que a Campanha será difícil, como tem sido nos últimos anos por conta da intolerância dos banqueiros. “Nós temos uma pauta de reivindicações grande justamente porque não nos preocupamos somente com salário, mas também com as condições de trabalho e o atendimento à população. Nós não queremos greve, mas infelizmente é a única linguagem que os banqueiros entendem”, afirma o diretor do Sindicato Robério Ximenes.


Palhaçada dos banqueiros – “Já tivemos negociação e o que vemos é, mais uma vez, a palhaçada dos banqueiros. Quando é na hora de negociar salário e condições de trabalho, eles alegam crise. Mas nós sabemos que eles nunca ganharam tanto dinheiro como nos últimos tempos. Os lucros divulgados demonstram que eles não são afetados por crise nenhuma”, diz Alex Citó, também diretor do Sindicato e funcionário do Itaú, um dos recordistas em lucratividade e demissões.


O diretor Gustavo Tabatinga, funcionário do Banco do Brasil, lembra que o Governo Federal está sendo muito rude nas negociações com outras categorias em greve. “Isso não é nada bom para nós dos bancos públicos. A população não aguenta mais as altas tarifas e taxas de juros. Os bancários não aguentam mais as metas abusivas e o assédio moral. Se nossas propostas não forem atendidas, iremos parar o sistema bancário”, afirma.