Sindicato institui Comenda Bárbara de Alencar

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O Sindicato dos Bancários do Ceará criou a Comenda Bárbara de Alencar, que será outorgada a cada ano, por ocasião das comemorações do Dia Internacional da Mulher, a um grupo de pessoas escolhidas por sua destacada contribuição ao sindicalismo e à sociedade cearense. Este ano serão agraciadas três mulheres com esse perfil. A festa de entrega da Comenda e em comemoração da data será no dia 5/3, a partir das 19 horas, ocasião em que o Sindicato realizará um coquetel, com a banda de música “Samba de Rosa”, na sua sede à Rua 24 de Maio, 1289, Centro.

NOSSA HOMENAGEM – A iniciativa do Sindicato é uma comemoração aos 250 anos do nascimento da heroína Bárbara Pereira de Alencar (1760 -1833) e ao centenário da criação do Dia Internacional da Mulher (instituído durante uma Conferência na Dinamarca em 1910). A pernambucana Bárbara viveu a maior parte de sua vida na cidade do Crato (CE), participou da revolução republicana no Nordeste chegando a ser presa e torturada foi, sem dúvida, o maior símbolo da mulher cratense. Guerreira, idealista, líder da revolução de 1817 no Cariri, Bárbara de Alencar terminou sendo presa em nome dos seus ideais libertários. Apesar da sua importância no contexto histórico do Ceará, restaram poucas lembranças da heroína. Até a casa onde ela morou, no Crato, localizada na Praça da Sé e, segundo os historiadores, primeira construção de cal e pedra da cidade, foi demolida.


No Sítio Pau Seco, hoje município de Juazeiro do Norte, restam somente os escombros da velha casa de campo, onde ela e os filhos planejaram e sonharam com os ideais republicanos. Porém, no Sítio Caiçara, Município de Exu (PE), onde ela nasceu, a família restaurou e transformou a velha casa num museu particular. Decorridos 177 anos de sua morte, a família tenta restaurar a sua memória.

SEPARATISTA – O Crato projetou-se no cenário político da colônia com as lutas pró-independência, quando representante da aristocracia agrária – principalmente a família Alencar – engajaram-se na Revolução Pernambucana de 1817 e envolveram a Vila Real do Crato e Jardim, no projeto revolucionário de 1817: Independência de Portugal e instituição de um sistema republicano de governo. Apesar da repressão sofrida, o espírito de luta desta elite local a faz proclamar antecipadamente a independência, em 1º de setembro. Igualmente ocorre em 1824, quando essa mesma elite liberal se engaja na Confederação do Equador, contrária a política absolutista de Dom Pedro I e favorável à idéia de uma República Separatista. Quem desejar conhecer mais a respeito da vida de Bárbara de Alencar ou da família Alencar é só consultar a página da web: www.barbaradealencar.org.br.