Mesmo depois de anunciar um lucro recorde no Brasil em 2008 (R$ 1,35 bilhões), o HSBC demitiu nove bancários em apenas dois dias no Ceará, sem justa causa. Como se não bastasse, o banco ainda anunciou o fechamento da agência Montese, sem qualquer comunicado prévio às entidades representativas dos trabalhadores. No Ceará existem sete agências (seis na capital e uma no Maracanaú). A onda de demissões está ocorrendo em todo o País. Somente em São Paulo foram 80 demissões e o fechamento de 17 agências.
Segundo nota veiculada pelo jornal Folha de São Paulo, o banco informou que o fechamento das agências é um processo natural de realocação que será realizado nos próximos 30 dias. O banco também informou que a demissão de mais de 6.000 funcionários, divulgada em Londres, não iria atingir as operações e os funcionários da instituição britânica no Brasil, o que não está sendo cumprido.
“O HSBC tem se mostrado na contramão. Fechar unidades e demitir é um absurdo, principalmente para um banco que registrou lucro líquido recorde no Brasil, uma alta de 9% em relação a 2007”, analisa o diretor do Sindicato dos Bancários e funcionário do HSBC, Humberto Silva.
O Sindicato dos Bancários informa que vai procurar a Comissão de Empresa dos Funcionários do HSBC reivindicando que seja marcada uma negociação urgente com a direção do banco para exigir a suspensão imediata do processo de demissões.
Para Humberto, nada justifica essa atitude desumana do banco. “O HSBC gosta de chamar os funcionários de colaboradores. Pois foi o empenho desses mesmos bancários que garantiu a elevação do lucro no Brasil enquanto no resto do mundo houve queda no resultado da empresa, mas na hora de recompensar, demite seus funcionários sem qualquer explicação. Isso não pode continuar”, concluiu ele.