Sindicato paralisa por duas horas agência do BB em Caucaia

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O Sindicato dos Bancários do Ceará paralisou durante duas horas o funcionamento da agência do Banco do Brasil em Caucaia na última quinta-feira, dia 27/5. O ato, que teve total apoio dos funcionários da agência, é o resultado de um conjunto de manifestações que o SEEB/CE vem realizando para cobrar melhores condições de trabalho, mais contratações, a implantação de um PCCS justo e do plano odontológico.


O município de Caucaia, com uma população de mais de 300.00 habitantes, tem uma única agência do BB e ainda atende clientes de regiões vizinhas. Como consequência, a agência sofre com a superlotação e os funcionários com a pressão das metas e a falta de condições de trabalho. O presidente do SEEB/CE, Carlos Eduardo, explicou que o problema é o mesmo em outras agências do BB e que o Ceará tem um baixo número de contratações. “Aqui a média de contratações é menor do que outros estados”, disse.


Os funcionários da agência relataram problemas como o reduzido número de caixas – atualmente, são apenas três – e a falta de estrutura da agência como os guichês de atendimento que são pequenos e inseguros. Vauyres de Lima, escriturário da agência, disse que a situação está ficando cada vez pior e as reclamações dos clientes são constantes. “As pessoas ficam criticando e atacando o funcionário, diz que o banco não presta. Mas o banco não está nem aí para o atendimento”, disse.


Durante a paralisação, o presidente do SEEB/CE, Carlos Eduardo, informou aos bancários sobre o andamento das negociações com o banco. Os funcionários da agência se mostraram muito preocupados com as mudanças que o banco vem implantando, como por exemplo, o BB 2.0. Carlos Eduardo criticou o projeto, que, dentre outras propostas, pretende transferir o atendimento dos clientes com renda menor que 4.000 reais para os correspondentes bancários. “O Sindicato quer que o cliente seja bem atendido, mas o banco extrapola ao excluir os mais pobres, empurrando-os para o atendimento alternativo”. Carlos Eduardo informou que, segundo dados da Caged, 93% da população estão nesse perfil. O presidente também avaliou que ainda faltam informações de qual é expectativa de impacto do BB 2.0. “O banco não diz o impacto por região, por estado e por agência”.


O banco também não apresentou uma definição quanto à implantação do plano odontológico. O BB havia assumido o compromisso em março de anunciar o plano em 60 dias. Até o momento, Banco não honrou com o acordo. O Plano odontológico é uma reivindicação histórica dos funcionários e uma conquista da Campanha Nacional de 2008. Todas essas reivindicações foram levadas para o 21º Congresso Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil que contou com a participação dos delegados eleitos no Congresso Estadual do BB no Ceará.


Além de Carlos Eduardo, estiveram presentes no ato os diretores Bosco Mota, Plauto Macêdo, José Eduardo, Mateus Neto e Carlos Rogério.