Sindicato presta conta dos investimentos realizados em 2013

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Os banqueiros, como qualquer outro patrão, detestam sindicato forte, combativo e com recursos para financiar suas lutas. Neste caso, não é demais esclarecer que os direitos dos trabalhadores não caem do céu, nem são dádivas dos bancos. São resultados de lutas de classes.


A contribuição pessoal e financeira dos trabalhadores para a luta tem como objetivo ético o reconhecimento da importância da campanha salarial e da dedicação do Sindicato à causa coletiva, com a conquista de melhores salários e condições de trabalho.


“O bancário é consciente dos gastos que envolvem uma campanha nacional, e certamente vai colaborar voluntariamente


 


para fortalecer ainda mais nossa luta, que é feita diariamente pelo Sindicato”, destaca o diretor financeiro do Sindicato, Ribamar Pacheco. “Nossa luta permanente favorece os trabalhadores e traz benefícios a toda a categoria”, acrescenta.



Apesar da grande influência dos banqueiros e da forte pressão da mídia, maior beneficiada com as verbas de publicidade das instituições financeiras, os bancários mais uma vez garantiram reajuste salarial com aumento real e importantes avanços nas cláusulas sociais gerais da categoria e também nos acordos específicos por bancos. Todas as conquistas só foram possíveis por dois motivos: a luta e a mobilização da categoria ao longo da Campanha Nacional 2013 e o investimento financeiro em organização, planejamento e estratégia para influenciar na construção da pauta e da unidade do movimento.


Para viabilizar uma greve de 27 dias neste ano, o Sindicato investiu fortemente em organização e infraestrutura. Foram feitos investimentos também na estratégia e planejamento da campanha, ampliando a nossa chance de derrotar a intransigência dos banqueiros. Entre os grandes investimentos efetuados este ano, incluem-se, além do desembolso efetivo para a realização e manutenção de 27 dias de greve, a organização dos congressos estadual, regional e participação nos encontros nacionais por bancos e conferência nacional.


“Não é possível em nenhum planejamento orçamentário definir a duração e o tamanho de uma greve de uma categoria com organização nacional que neste ano foi muito mais longa que no ano de 2012. Por isso, a contribuição voluntária, de apenas 1% do salário, é necessária para cobrir parte dos custos da campanha.”, afirmou o diretor Ribamar Pacheco.


Para montar a infraestrutura e organização da greve e das atividades de campanha, foram gastos recursos com aluguel de equipamentos de som, cadeiras, contratação de prestadores de serviços diversos, aquisição de alimentação e água para  participantes dos comitês de esclarecimento, viagens, hospedagens, transportes, combustível, locação de espaços para reuniões, entre outras despesas, além de material gráfico, como informativos, cartazes, adesivos e camisas.


Os gastos da campanha – Muito antes da greve, o Sindicato organizou várias atividades, dentre as quais centenas de reuniões nos locais de trabalho, diversas assembleias e encontros de delegados, seminário dos bancos privados, congressos específicos do BB, da Caixa e do BNB, participou na Conferência Nacional dos Bancários, visando construir a pauta de reivindicações da categoria.


O Sindicato investiu pesado em material de divulgação e propaganda para a categoria e para esclarecimentos à população, com diversos informativos para jornais e rádio e nas redes sociais. Também foram contratados cinegrafista e fotógrafo e apoiadores nos comitês de esclarecimentos à população e aos bancários.


O vasto material utilizado nos 27 dias de greve se justifica pela grande quantidade de bancários e bancárias no Ceará, distribuídos em mais de 500 locais de trabalho, entre agências, postos de atendimento bancários e prédios administrativos. Parte do material também foi divulgado entre a população, estimada em mais de dois milhões de habitantes.


Além dos gastos com estrutura, organização e comunicação, o Sindicato ainda poderá desembolsar grandes quantias em ações judiciais de interditos proibitórios movidas pelos bancos que ainda transitam na Justiça. Isso porque o Sindicato não se intimidou diante das graves ameaças que sofreu por parte dos bancos.


“Quem participou de alguma forma e acompanhou as atividades da Campanha Nacional 2013, organizadas pelo Sindicato, sabe que é preciso investir em material diversificado de campanha para dar visibilidade às nossas reivindicações e queimar a imagem dos banqueiros, mostrando-os como exploradores da sociedade e dos trabalhadores. Com o slogan #Vem pra luta, bancário!, nossa campanha foi bastante compartilhada nas redes sociais e comentada nos veículos de comunicação.  Por tudo isso, é preciso investimento para manter a categoria mobilizada e responder aos ataques dos banqueiros e da grande mídia”, concluiu Ribamar.