Sindicato promove ato contra a extrapolação da jornada de trabalho

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Os diretores do Sindicato dos Bancários do Ceará promoveram uma manifestação em frente ao Edifício Sede da Caixa Econômica Federal e na Agência da CEF da Praça do Ferreira. Os atos ocorreram na quarta-feira, 4/4, durante o Dia Nacional de Luta contra a extrapolação da jornada e pelo fim do trabalho gratuito. “Os bancários têm perdido a saúde em função das jornadas longas, das pressões, virando uma categoria de risco”, disse o empregado e diretor do Sindicato, Áureo Júnior.


Os diretores do Sindicato, Marcos Saraiva e Áureo Junior, distribuíram panfletos aos trabalhadores, para que eles ficassem esclarecidos sobre o Dia Nacional de Luta pela jornada de seis horas.


Após saírem do Edifício Sede, os diretores foram à Agência da CEF na Praça da Ferreira. Lá, o diretor Marcos Saraiva conversou com os clientes sobre o atendimento. Ele destacou a falta de contratação de pessoal para atender a população. “Alguém está há mais de quinze minutos aqui?” Várias pessoas ergueram o braço em resposta ao diretor. “Vejam vocês que o bancário está lá por trás dando o máximo possível para poder atender vocês dentro do limite. Quem quer ser um banco social, deve contratar empregados, qualificá-los e criar mecanismos de atendimento”, defendeu o diretor.


O presidente do SEEB/CE, Carlos Eduardo Bezerra, disse que o respeito ao limite do tempo de atendimento é um direito do consumidor, não é só uma luta sindical pois o setor financeiro é o setor que mais lucra nesse País. Ele afirmou que “não ser atendido em tempo curto e ágil é também um atentado à segurança, porque os assaltantes podem fazer um monitoramento maior de sua vítima”. O presidente esclareceu que a luta por segurança existe porque a legislação não está sendo cumprida e que isso é preocupante para o Estado Democrático de Direito. Carlos Eduardo ainda fez críticas sobre os silêncios das direções dos bancos que, na avaliação dele, não participam dos debates e não vão à imprensa para explicar porque não cumprem as normas de segurança.


Além da defesa do respeito à jornada de trabalho, outro problema flagrado pelos diretores do SEEB/CE é o não travamento da porta de segurança, há 60 dias, que dá acesso ao setor onde está o dinheiro.