Sindicato realiza ato de mobilização dos funcionários no BNB Passaré

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“Exigimos respeito ao trabalhador. Queremos emprego decente e melhores condições de trabalho e de vida para os bancários do BNB”. Com esta afirmação, a diretora do Sindicato dos Bancários do Ceará, Carmen Araújo disse do seu sentimento com relação as duas rodadas de negociação realizadas entre o Comando Nacional e a direção do Banco na última semana. Carmen falou durante ato de mobilização realizado no Centro Administrativo do BNB, no Passaré, na quinta-feira, dia 15/9.


Após duas rodadas de negociação, a direção do Banco do Nordeste do Brasil disse Não a praticamente todas as reivindicações dos trabalhadores e esse foi o mote das falas dos diretores do Sindicato durante o ato. O presidente do SEEB/CE, Carlos Eduardo Bezerra, fez o histórico da Campanha Nacional dos Bancários, iniciada em março deste ano, chegando ao final nos últimos dias, quando foram esgotadas todas as negociações com a Fenaban e demais bancos públicos (Caixa, BB e BNB).


Segundo Carlos Eduardo, em todas as mesas constatou-se a postura intransigente dos banqueiros, numa postura de não negociar, de não apresentar proposta. “Se não houver proposta, os bancários têm que se defender e buscar na mobilização esses meios de defesa. Nós, Sindicato, temos o papel de organizar essa defesa dos trabalhadores, mas precisamos da participação de todos. O desafio do BNB é grande, pois esse Banco assim como os demais, apostam na desmobilização da categoria”, disse.


“Se a empresa quer fazer economia com a vida de vocês, o que vocês vão fazer? Ficar parados? Esperamos que a direção do BNB cresça e dê alternativas diante do Dest e do Governo Federal. É preciso contrapartida para os trabalhadores que construíram o lucro desse Banco. O desafio dos funcionários do BNB é muito grande e é preciso Mobilização Já!”, finalizou o presidente do SEEB/CE.


BANCO APOSTA NA DESMOBILIZAÇÃO – O diretor do Sindicato e coordenador da Comissão Nacional dos Funcionários do BNB, Tomaz de Aquino, disse da sua indignação pela não participação dos funcionários do Banco no ato de mobilização do dia 15/9, no Passaré. “Onde estão os bancários do BNB? Escondidos com medo de perderem suas comissões? Sabemos que 80% dos funcionários são comissionados. Se o Banco tirar a comissão de todos por causa da greve, como vai conseguir funcionar? Na mesa de negociação a direção do BNB aposta na desmobilização dos seus trabalhadores. Temos que reagir”, disse Tomaz.


“Nas quatro negociações com o Banco não saiu nada, foi só enrolação e só promessa vã, tudo por conta da desmobilização. Vai haver nova reunião dia 21 e sabe o que vai acontecer se não houver mobilização? Nada!


O que nós queremos então? Vamos assinar logo um manifesto e dizer que não queremos reajuste, e dizer que a Camed e Capef estão ótimas. Esse certamente seria o pior caminho para trilharmos. Espero que os funcionários do BNB despertem e tenham consciência para ajudar na defesa e garantia dos nossos direitos. O que nós conquistamos não foi benesse do Banco… é fruto do nosso trabalho”, concluiu o coordenador da CNFBNB.